A caminho dos
Óscares 2022
Está confirmado: a 79.ª cerimónia dos Globos de Ouro vai realizar-se no próximo domingo sem público e sem comunicação social, após um boicote por motivos éticos ao evento conhecido como a maior festa de Hollywood e que tradicionalmente abria graças à transmissão pela TV a temporada de prémios de Hollywood.
Também não haverá apresentadores famosos: um email obtido pela revista Variety confirma que os Globos procuraram saber junto das agências de publicidade sobre a disponibilidade dos seus clientes para estarem presentes e ninguém aceitou.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), responsável pela votação, foi acusada de racismo, sexismo, 'bullying' e corrupção, e o canal de TV NBC decidiu não transmitir a cerimónia este ano.
Os resultados dos prémios de cinema e televisão serão anunciados num evento de hora e meia que acontecerá no local habitual, o hotel Beverly Hilton em Beverly Hills, a partir das 18 horas locais (duas da manhã em Lisboa), que procurará destacar "o trabalho filantrópico de longa data da HFPA".
"Nos últimos 25 anos, o HFPA doou 50 milhões de dólares a mais de 70 instituições de caridade ligadas ao entretenimento, à restauração de filmes, bolsas de estudo e esforços humanitários", destacou o grupo em comunicado. A organização também confirmou que não haverá passadeira vermelha nem público devido à pandemia, com exceção dos próprios membros e representantes e dessas instituições que têm sido apoiadas ao longo dos anos.
Com sete nomeações, "Belfast", de Kenneth Branagh, e "The Power of the Dog", de Jane Campion, são os filmes que lideram a lista de cinema dos Globos de Ouro, com "Succession" a liderar com cinco a de TV.
A credibilidade dos Globos de Ouro tem sido questionada e há incertezas sobre o seu futuro. Estúdios e anunciantes poderosos negaram-se a participar na edição deste ano, enquanto as estrelas de primeiro plano se distanciaram da HFPA até que mudanças sejam feitas.
A organização, composta por pouco mais de 100 pessoas ligados a publicações estrangeiras, foi rápida fazer algumas mudanças, incluindo a admissão do seu maior número anual de novos membros no ano passado, numa tentativa de renovação.
A questão da diversidade nas fileiras da HFPA foi levantada por uma investigação feita pelo jornal Los Angeles Times que revelou no ano passado que a organização não tinha um único membro negro.
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