Está confirmado: a 79.ª cerimónia dos Globos de Ouro vai realizar-se no próximo domingo sem público e sem comunicação social, após um boicote por motivos éticos ao evento conhecido como a maior festa de Hollywood e que tradicionalmente abria graças à transmissão pela TV a temporada de prémios de Hollywood.

Também não haverá apresentadores famosos: um email obtido pela revista Variety confirma que os Globos procuraram saber junto das agências de publicidade sobre a disponibilidade dos seus clientes para estarem presentes e ninguém aceitou.

A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), responsável pela votação, foi acusada de racismo, sexismo, 'bullying' e corrupção, e o canal de TV NBC decidiu não transmitir a cerimónia este ano.

Os resultados dos prémios de cinema e televisão serão anunciados num evento de hora e meia que acontecerá no local habitual, o hotel Beverly Hilton em Beverly Hills, a partir das 18 horas locais (duas da manhã em Lisboa), que procurará destacar "o trabalho filantrópico de longa data da HFPA".

"Nos últimos 25 anos, o HFPA doou 50 milhões de dólares a mais de 70 instituições de caridade ligadas ao entretenimento, à restauração de filmes, bolsas de estudo e esforços humanitários", destacou o grupo em comunicado. A organização também confirmou que não haverá passadeira vermelha nem público devido à pandemia, com exceção dos próprios membros e representantes e dessas instituições que têm sido apoiadas ao longo dos anos.

De "Dune" a Lady Gaga: Globos de Ouro revelam nomeações apesar do boicote de Hollywood
De "Dune" a Lady Gaga: Globos de Ouro revelam nomeações apesar do boicote de Hollywood
Ver artigo

Com sete nomeações, "Belfast", de Kenneth Branagh, e "The Power of the Dog", de Jane Campion, são os filmes que lideram a lista de cinema dos Globos de Ouro, com "Succession" a liderar com cinco a de TV.

A credibilidade dos Globos de Ouro tem sido questionada e há incertezas sobre o seu futuro. Estúdios e anunciantes poderosos negaram-se a participar na edição deste ano, enquanto as estrelas de primeiro plano se distanciaram da HFPA até que mudanças sejam feitas.

A organização, composta por pouco mais de 100 pessoas ligados a publicações estrangeiras, foi rápida fazer algumas mudanças, incluindo a admissão do seu maior número anual de novos membros no ano passado, numa tentativa de renovação.

A questão da diversidade nas fileiras da HFPA foi levantada por uma investigação feita pelo jornal Los Angeles Times que revelou no ano passado que a organização não tinha um único membro negro.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.