A Academia de Cinema e Televisão Britânica suspendeu a nomeação de Bryan Singer por "Bohemian Rhapsody" nos prémios BAFTA, que são entregues já este domingo à noite em Londres.

A decisão foi tomada por causa das acusações de violência sexual que surgiram contra o realizador.

"Bohemian Rhapsody"mantém-se na corrida para Melhor Filme Britânico, mas só se vão manter os nomes dos produtores Graham King e Anthony McCarten.

No final de janeiro, a revista The Atlantic noticiou um alegado comportamento predatório de Bryan Singer com vários jovens, incluindo a prática de sexo com um adolescente de 15 anos em Beverly Hills, Califórnia, em 1997.

O realizador Bryan Singer, sobre quem já recaíram em anos anteriores outras acusações de cariz sexual, negou o teor da denúncia, dizendo que é uma "calúnia homofóbica", cuja publicação foi "convenientemente aprazada" para tirar partido do sucesso do filme "Bohemian Rhapsody".

A 25de janeiro, a organização Gay & Lesbian Alliance Against Defamation a retirar o filme dos seus prémios também por causa das novas acusações.

Em comunicado, a organização dos BAFTA diz que considera o alegado comportamento "completamente inaceitável e incompatível com os seus valores", mas salienta o desmentido de Singer.

"A suspensão da sua nomeação permanecerá em vigor até que o resultado das alegações tenha sido resolvido", acrescenta.

Singer foi despedido da rodagem de "Bohemian Rhapsody" em dezembro de 2017, quando faltavam três semanas para a sua conclusão, e não participou na campanha de lançamento.

A equipa do filme também nomeado para cinco Óscares, incluindo o ator principal Rami Malek, também se distanciou do realizador durante a temporada de prémios.

Apesar disso, ele foi fazendo promoção no seu Instagram, mesmo após a vitória nos Globos de Ouro, mas apagou recentemente todas as referências ao seu envolvimento.