A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a lista anual das personalidades convidadas a juntarem-se à organização que vota os Óscares.

Benedict Cumberbatch, Daniel Radcliffe, Tom Hardy, Chris Pine, Elizabeth Banks e Rosamund Pike estão entre as estrelas anunciadas, bem como Eddie Redmayne e J.K. Simmons, distinguidos com prémios na cerimónia em fevereiro (presumivelmente Julianne Moore e Patricia Arquette já estão entre os votantes, ainda que ganhar um Óscar não dê direito a uma entrada direta).

Foram convidados 322 profissionais, entre atores, realizadores, argumentistas, responsáveis de casting, executivos de estúdios e profissionais nas diversas áreas técnicas.

Trata-se do número mais elevado desde que as listas se tornaram públicas e acabou o sistema de quotas para novos membros. No ano passado foram 271 e em 2013 276, mas em 2012 tinham sido apenas anunciados 176 e há 10 anos 112.

Mais do que a renovação após o falecimento de alguns dos votantes, a Academia parece continuar dar uma resposta agressiva às frequentes críticas de falta de diversidade, estendendo um convite a mais mulheres, minorias e principalmente profissionais de todo o mundo, refletindo a realidade da indústria cinematográfica.

Entre os realizadores convidados estão por exemplo o francês François Ozon («8 Mulheres»), o polaco Paweł Pawlikowski («Ida»), o russo Andrey Zvyagintsev («Leviatã»), o franco-mauritano Abderrahmane Sissako («Timbuktu») e o sul-coreano Bong Joon-ho («Snowpiercer»).

Dentro de cada uma das 17 secções que compõem a Academia (atores, realizadores, argumentistas, diretores artísticos, executivos de estúdio, editores, etc.), cada membro pode propor um candidato. Os nomes são depois ponderados por comités compostos por três representantes de cada secção, que têm mandatos de três anos.

Existem personalidades que são propostas por mais do que uma secção e que terão de indicar a qual querem pertencer na cerimónia de acolhimento em setembro.

Na divulgação das listas existe sempre a curiosidade de descobrir personalidades que se julgaria, dadas as suas carreiras ou por já terem ganho o Óscar, que pertenciam à Academia.

Este ano, o caso mais extremo é o do consagrado compositor Dave Grusin, que ganhou o Óscar com «O Segredo de Milagro»... há 26 anos. Outros casos são o dos músicos Trent Reznor e Atticus Ross, que ganharam com «A Rede Social» em 2011, do realizador espanhol Fernando Trueba, que ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1992 com «A Bela Época» ou da realizadora neo zelandesa Niki Caro, que fez «A Domadora de Baleias» (02) e «North Country - Terra Fria» (05), nomeados para Óscares.

ALGUNS DOS NOVOS MEMBROS DA ACADEMIA