Ann Rutherford nunca foi uma grande estrela de cinema mas foi um daqueles rostos que os cinéfilos se habituaram a ver nos filmes de Hollywood dos anos 30 e 40, designadamente naqueles produzidos pela MGM, estúdio em que atriz fez os melhores trabalhos da sua carreira. Segundo o «Los Angeles Times», Rutherford faleceu na noite de 11 de junho na sua casa em Beverly Hills, aos 94 anos. Nos últimos tempos, a saúde da atriz deteriorara-se na sequência dos problemas cardíacos de que vinha a sofrer.
Ann Rutherford nasceu em Vancouver em 1917, filha de uma atriz e de um cantor de ópera. Fez o primeiro filme em 1935 e rapidamente se tornou popular em «westerns» baratos de
John Wayne e Gene Autry. A partir daí teve várias participações, geralmente secundárias mas importantes, em fitas tão célebres como
«Cântico de Natal» (1938),
«Orgulho e Preconceito» (1940),
«Mulheres e Música» (1940),
«O Homem das Sete Vidas» (1947),
«As Aventuras de Don Juan» (1948) e, claro,
«E Tudo o Vento Levou» (1939), como Carreen, uma das irmãs de Scarlett O'Hara.
Mais protagonismo acabaria por ter em duas séries bem humoradas. Uma delas foi a popularíssima saga protagonizada por
Andy Hardy, encarnado por
Mickey Rooney, na qual ela interpretou a sua namorada Polly Benedict em nada menos que 12 filmes. A outra, composta por três fitas cujo título se iniciava invariavelmente com
«Whistling in...», teve como ator principal
Red Skelton no papel do radialista Wally «the Fox» Benton.
Nos anos 70, Rutherford voltou brevemente à atuação, no «thriller» «They Only Kill Their Masters» (1972) e como sogra da de Bob Newhart em dois episódios da popular série televisiva
«The Bob Newhart Show». Já na década de 90, terá recusado o papel de Rose no filme
«Titanic», que acabaria por ir para
Gloria Stuart.
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