O advogado de
Ben Gazzara, Jay Julien, informou em comunicado que o ator faleceu sexta-feira, 2 de fevereiro, no Bellevue Hospital Center, em Nova Iorque, de cancro no pâncreas. Nascido em Nova Iorque em 1930, o intérprete teve uma longa carreira no teatro, que incluiu o papel protagonista na primeira encenação de
«Gata em Telhado de Zinco Quente», e participações regulares no cinema.

Gazzara estudou com Lee Strasberg no Actors Studio, de Nova Iorque, e foi às ordens de um dos maiores divulgadores do método,
Elia Kazan, que fez o papel de Brick na estreia de «Gata em Telhado de Zinco Quente», em 1955, o início de uma carreira longa e frutuosa nos palcos.

No cinema estreou-se em 1957 em «The Strange One», interpretando logo a seguir o soldado acusado de um crime no poderoso
«Anatomia de um Crime», de
Otto Preminger. Nos anos seguintes, além de muita televisão, teve também papéis importantes em fitas como «Jovens Médicos» (1961), «A Rage to Live» (1965), «The Bridge at Remagen» (1969) e
«Capone» (1975, em que interpretou o próprio Al Capone).

Mas foi com
John Cassavetes que fez os papéis pelos quais é mais recordado no cinema. Os dois tinham-se encontrado no cinema como atores em 1969, no filme «Estes Turistas Americanos», e a partir do ano seguinte iniciaram uma colaboração regular, com o filme
«Maridos», que prosseguiu em
«A Morte de Um Apostador Chinês» (1976) e
«Noite de Estreia» (1977).

Com
Peter Bogdanovich fez logo a seguir
«Noites de Singapura» e
«Romance em Nova Iorque». A partir dos anos 80, embora continuasse sempre muito ativo no cinema e no teatro, foi participando no cinema em papéis maioritariamente secundários, em filmes de realizadores importantes como
«O Grande Lebowski» dos irmãos
Coen,
«Verão Escaldante» de
Spike Lee,
«O Prisioneiro Espanhol» de
David Mamet, «Illuminata» de
John Turturro,
«Happinness - Felicidade» de
Todd Solondz,
«O Caso Thomas Crown» de
John McTiernan,
«Buffallo 66» de
Vincent Gallo, e
«Dogville» e
Lars von Trier.