"Eu tenho a idade que tenho. Fiz a carreira que fiz. Vou fechar o ciclo com um filme e uma peça de teatro magníficos. Não é o fim de uma vida, mas de uma carreira", disse o ator à AFP esta terça-feira.

Delon participou em pelo menos 80 filmes em 50 anos de carreira e foi dirigido por grandes cineastas, como Melville, Visconti, Losey, ou Antonioni. Os seus papéis em "Rocco e seus irmãos", "O Leopardo", "O Samurai", entre outros, marcaram gerações de cinéfilos.

No final do ano, Delon vai rodar um filme sob a direção do francês Patrice Leconte e ao lado de  Juliette Binoche. A nova produção chega aos cinemas em 2018.

"Será uma bela história de amor. Ainda não há título, mas o meu personagem vai parecer-se um pouco comigo na vida: um homem da minha idade, caprichoso, furioso, mas que descobrirá o amor antes de partir", afirmou.

Delon disse esperar que a produção seja selecionada em Cannes, "para voltar e se despedir" do maior festival de cinema do mundo.

"Depois desse último filme, acabarei a minha carreira com uma magnífica obra de teatro escrita por mim próprio, 'Le Crépuscule d'un fauve', de Jeanne Fontaine", contou.

Delon rodou o seu último filme, "Astérix nos Jogos Olímpicos", em 2008.

A popularidade do ator sofreu uma quebra nos últimos anos, especialmente devido às suas posições a favor do partido da extrema direita francesa Frente Nacional, da pena de morte, ou sobre a homossexualidade, que considera "contra as leis naturais".

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