Com o adeus de Daniel Craig, especula-se sobre quem o próximo ator a ser James Bond.

Têm havido apelos ao longo dos anos para um mudança e que o agente secreto seja uma pessoa de cor ou mulher, mas Ana de Armas, que teve um breve e marcante papel como Paloma, uma agente da CIA que ajudava Craig em "007: Sem Tempo Para Morrer", não concorda com parte a mudança de sexo da personagem.

"Não há necessidade de um Bond feminino. Não deveria haver nenhuma necessidade de roubar o personagem de outra pessoa, de tomar posse. Trata-se de um livro e conduz a este mundo de James Bond e a essa fantasia deste universo em que ele está"", disse a atriz cubana ao tabloide britânico The Sun.

O que não quer dizer que não seja a favor de outras mudanças: "O que gostaria é que os papéis femininos nos filmes de Bond, mesmo que Bond continue a ser um homem, sejam trazidos à vida de uma maneira diferente. Que lhes sejam dados mais substância e reconhecimento. É isso que acho que é mais interessante do que estar a virar as coisas".

"007: Sem Tempo Para Morrer"

Também Barbara Broccoli, que está à frente com o seu meio-irmão Michael Wilson da produtora dos filmes desde 1962, disse em 2021 que Bond deve continuar a ser um homem e interpretado por um ator britânico, não por uma atriz.

"Acho que será um homem porque não penso que uma mulher deveria interpretar James Bond. Acredito em criar personagens para mulheres e não ter apenas mulheres a interpretar papéis de homens. Acho que não existem grandes personagens suficientes para mulheres e é muito importante para mim fazermos filmes para mulheres sobre mulheres", disse a produtora à revista The Hollywood Reporter.

"Ele [a personagem] deverá ser britânico, portanto britânico pode ser qualquer [etnicidade ou raça]", acrescentou.

Já no final de junho, a produtora dos filmes revelou que faltam "pelo menos dois anos" antes de começar a rodagem do próximo filme 007 e o processo para escolher quem será o sétimo agente secreto ainda não começou "porque se trata de uma reinvenção de Bond".

"Ninguém está na corrida. Estamos a trabalhar sobre a direção a seguir com ele, estamos a falar sobre isso. Não existe um argumento e não podemos aparecer com um até decidirmos como é que vamos abordar o próximo filme porque, na verdade, trata-se de uma reinvenção de Bond. Estamos a reinventar quem ele é e isso demora tempo. Diria que a rodagem está pelo menos a dois anos de distância", esclareceu.