Com 375 milhões de dólares de receitas de bilheteira a nível global deste a estreia natalícia, muito longe dos mil milhões do primeiro filme em 2018, está consumada mais uma desilusão do Universo DC com "Aquaman e o Reino Perdido".

Mas segundo Dolph Lundgren, existe uma versão "muito boa" do filme protagonizado por Jason Momoa que os espectadores não tiveram a oportunidade de ver nas salas de cinema.

O ator sueco já assumira que tinha sido reduzido o seu papel como o rei Nereus, o líder da tribo Xebel e também o pai de Mera, namorada de Aquaman, papel de Amber Heard, mas numa numa nova entrevista, acrescenta que foi uma decisão do estúdio relacionada com a redução da participação da atriz e não o deixou relutante para participar em futuros filmes do género.

“Apenas percebi que era uma espécie de decisão corporativa de tentar limitar a participação da Amber Heard e como interpreto o pai dela, fui junto", disse recentemente à Comicbook.

E acrescentou: "Fiquei desiludido pelos espectadores porque achei que o argumento original era ótimo e a versão original [do filme] — vi um pouco dele, estava muito bom. Portanto, não vi qualquer razão para começar a fazer refilmagens e a remodelar a história, o que obviamente levou à desilusão dos espectadores e não apenas a mim".

Amber Heard testemunhou durante o mediático julgamento por difamação com o antigo marido Johnny Depp em 2022 que o estúdio Warner Bros. não queria que entrasse na sequela por causa das consequências do divórcio. Acrescentou que, posteriormente, o papel tinha sido "reduzido" e lhe foram retiradas as cenas de ação.

Já em outubro do ano passado, vieram a público as notas de Dawn Hughes, psicóloga da atriz, que integraram o julgamento, onde esta descreveu um ambiente alegadamente hostil na rodagem, desde a falta do apoio do realizador James Wan a Jason Momoa a querer que fosse despedida e a aparecer embriagado e vestido como Depp.

Na altura, um porta-voz da DC e outros participantes na rodagem defenderam o profissionalismo do ator e alegaram que a sua forma de vestir sempre foi extravagante, sem qualquer referência intencional a Depp.

Sobre os cortes, o realizador manteve a versão que a proposta original ao estúdio foi sempre que o primeiro "Aquaman" seria um filme de ação e aventura sobre a jornada de Mera e Aquaman e a sequela acompanharia a camaradagem desconfortável do segundo com o irmão Orm (Patrick Wilson).

James Wan também insistiu que as refilmagens eram semelhantes às de outras grandes produções de Hollywood.

"Aquaman e o Reino Perdido" foi o último filme do "antigo regime" da DC Studios: os líderes do estúdio James Gunn ("Guardiões da Galáxia") e Peter Safran divulgaram em janeiro de 2023 os seus planos para um "reset" do Universo sem o super-herói subaquático.

TRAILER LEGENDADO "AQUAMAN E O REINO PERDIDO".