As três personalidades, ligadas há várias décadas ao cinema português, receberão o prémio em outubro em Lisboa, na cerimónia anual dos prémios Sophia, disse à Lusa o presidente da Academia, Paulo Trancoso.
Eduardo Serra, 71 anos, o mais internacional e premiado dos diretores portugueses de fotografia, esteve duas vezes nomeado para os Óscares e foi este ano distinguido pelos seus pares, pela American Society of Cinematographers.
Assinou a fotografia de filmes como «O Delfim», de Fernando Lopes, «O Protegido», de M. Night Shyamalan, «Rapariga com Brinco de Pérola», de Peter Weber, «Diamante de Sangue», de Edward Zwick, e «Harry Potter e os Talismãs da Morte», de David Yates.
Henrique Espírito Santo, homenageado este ano no Fantasporto, tem 82 anos e está ligado à produção de cinema e ao cineclubismo desde os anos 1960.
Diretor de produção do Centro Português de Cinema, que marcou o movimento renovador do cinema português, Henrique Espírito Santo trabalhou com cineastas como Luís Filipe Rocha, José Álvaro Morais, José de Sá Caetano, João César Monteiro, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, João Mário Grilo e Alberto Seixas Santos.
O nome de Henrique Espírito Santo está ligado à produção de «A Promessa», de António de Macedo, que entrou na seleção oficial do Festival de Cannes, em 1973, «Jaime», de António Reis, pioneiro do documentarismo em Portugal, «Benilde ou a Virgem Mãe» e «Amor de Perdição», de Manoel de Oliveira, entre mais de duas dezenas de filmes, que remontam ao final dos anos de 1960.
José Fonseca e Costa, 80 anos, fez carreira sobretudo como realizador, desde os anos 1960, foi um dos fundadores da cooperativa Centro Português de Cinema e assinou filmes como «O Recado» (1972), «Kilas, o Mau da Fita» (1980), «Sem Sombra de Pecado» (1983), «A Balada da Praia dos Cães» (1987) e "Cinco Dias, Cinco Noites» (1996).
Em 2012, a Academia Portuguesa de Cinema atribuiu os primeiros prémios de carreira à atriz Isabel Ruth, ao realizador António de Macedo e ao produtor António da Cunha Telles.
No ano passado, foram distinguidos a atriz Laura Soveral, o realizador Manoel de Oliveira, o diretor de fotografia Acácio de Almeida e o distribuidor José Manuel Castello-Lopes.
Os prémios de carreira fazem parte dos galardões anuais - intitulados Sophia - criados pela Academia Portuguesa de Cinema para distinguir a produção cinematográfica nacional.
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