"Há 12 anos que dou dicas sobre isto. Sempre que fazemos isto, penso: 'o Buck devia ter a cena dele'", começa por contar Simon Pegg na conferência virtual em que o SAPO Mag participou. Depois de tentas sugestões do ator, o momento chegou: no novo filme de "A Idade do Gelo", que se estreia esta sexta-feira, dia 25 de março, no Disney+, Buck é o protagonistas das aventuras.

"O melhor de tudo é que 'A Idade do Gelo' tem muitas personagens fantásticas e estamos na era do universo cinematográfico. Acho que não há outra animação que seja tão adequada para uma expansão como esta. É ótimo. Há tantas personagens maravilhosas e em um filme podemos passar tanto tempo com cada uma delas. Portanto, é uma forma adorável de dedicar algum tempo ao Buck, mas também ao Crash e Eddie, à Zee e a novas personagens que são acréscimos bem-vindos a este grupo fabuloso", acrescenta Simon Pegg , ator que empresta voz a Buck.

Seis anos depois da última aventura, a saga "A Idade do Gelo" conta com irreverente Buck Wild como protagonistas e a comédia serve de pano de fundo para os muitos formatos da família.  A personagem, uma doninha que usa uma pala porque perdeu um olho numa luta feroz com um T-Rex, apareceu pela primeira vez em “A Idade do Gelo 3”, e voltou em "A Idade do Gelo 5", em 2016. No sexto filme da saga, a personagem ganha profundidade e um passado onde entra a misteriosa Zee, uma nova personagem feminina.

The Ice Age Adventures of Buck Wild Images

"Já passou algum tempo desde a última vez que vimos o Buck. Regressou em 'A Idade do Gelo 5: O Big Bang', porque o Simon não parava de perguntar quando é que recuperávamos a personagem... E agora, no momento de contar uma nova história dentro do universo de 'Idade do Gelo' pareceu-nos muito natural voltar ao Mundo Perdido e ao Buck, porque é uma personagem que toda a gente gosta", explica a produtora Lori Forte em conversa com os jornalistas.

Já o realizador John C. Donkin acrescenta que o "filme permite destacar camadas de todo o que é o Buck". "E a introdução da personagem Zee dá um vislumbre de alguma história de fundo do Buck. Há alguma história entre os dois e revelamos essa ligação ao longo do filme", explica. "Também expande o universo, no sentido de que podemos aprofundar um pouco mais as personagens. Eles não são apenas malucos porque são malucos, ou algo assim. Eles têm alguma história e isso faz deles quem são hoje", acrescenta.

"Adoro o Buck. Tenho uma grande carinho por ele porque nasceu ao mesmo tempo que a minha filha - a primeira vez que o interpretei foi no ano em que minha filha nasceu, e ela cresceu com estes filmes, cresceu com ele. Por isso, não sinto mais nada senão alegria por interpretar uma personagem que tem este tipo de ressonância emocional para mim e para a minha própria família", confessa Simon Pegg.

A nova personagem

"Foi muito divertido dar voz a uma personagem tão forte, uma guerreira social, alguém que é tão racional e que tem tanto jeito. Foi muito divertido", começa por sublinhar a atriz Justina Machado, que dá voz a Zee, a nova personagem da saga.

"Lori e eu desenvolvemos a personagem em conjunto. É tão difícil interpretar alguém que toma o controlo e que é 'badass'. Essas são as minhas personagens favoritas e deram-me liberdade para o fazer. Como é uma personagem nova, tivemos de descobrir quem era, como soaria", explica.

Para Simon Pegg, a nova personagem vai ajudar Buck. "O Buck é tão solitário, está tão acostumado a fazer tudo sozinho, que a ideia de confiar nos seus amigos, ou confiar em alguém para fazer outra coisa, é um pouco desconfortável para ele. E neste filme ele aprende que não é apenas bom pedir ajuda, mas também pedir ajuda a uma amiga, a uma rapariga, e confiar nela para assumir o controlo", conta o ator.

"Um dos grandes temas é a famílias e adoramos a ideia de que estamos num rebanho, que é a nossa família. Eles são equivalentes. Uma vez que estás em rebanho e tens essa ligação, mesmo que exista uma separação física, está tudo bem porque há sempre amor e apoio. E isso sente-se agora porque muitos de nós ainda estamos separados e isolados de membros da família e não os podemos  ir ver quando queremos, devido à situação atual. Então, acho que será uma boa chamada de atenção para todos os que têm essa ligação com a família e isso é importante", acrescenta o realizador John C. Donkin.

"Há aquela bela frase de Sid no primeiro filme: 'Somos o bando mais estranho de sempre'. Porque é um tigre-dente-de-sabre, uma preguiça, um mamute e um bebé humano. Ou seja, está no ADN de toda a saga o olhar a família, antes de tudo, de forma cumulativa e de crescimento constante. E não é necessariamente com ligação de sangue, é mais uma lealdade, neste caso, entre animais. Isso tem sido temático em todos os filmes", remata.