Tintin, que festeja 90 anos esta quinta-feira (10), será a estrela de um segundo filme dos realizadores Peter Jackson e Steven Spielberg, assim como - talvez - de uma banda desenhada inédita.
No fim do ano, foi assinada uma "opção", um termo na gíria de Hollywood que sinaliza formalmente a intenção de avançar com um segundo "As Aventuras de Tintin", a cargo, como aconteceu no primeiro "O Segredo do Licorne" (2011), de Jackson e Spelberg, explicou a uma rádio francesa Benoît Mouchart, diretor editorial de Casterman.
Desta vez, como já tinha sido combinado, os cineastas vão trocar os papéis: Jackson, produtor do primeiro, será agora o realizador, agora que está livre da trilogia "O Hobbit" e do documentário sobre a I Guerra Mundial "They Shall Not Grow Old".
"Existem várias possibilidades. Pode ser uma mistura de 'O Ceptro de Ottokar' e 'O Caso Girassol'", destacou Mouchart.
"Quando existe uma trilogia em Hollywood, o segundo é um pouco mais sombrio", afirmou.
Numa entrevista ao "site" americano Polygon no final de 2018, Jackson explicou que, depois de ter se concentrado num argumento adaptado de "O Templo do Sol", dava-se a liberdade de escolher entre "a variedade" de histórias do famoso jornalista e do seu cachorro Milu, criadas pelo belga Hergé há 90 anos.
Do lado editorial, em 2019 também pode ser lançado uma nova banda desenhada, uma opção que está a ser ponderada há vários anos.
"Adoraria publicar este ano um inédito", explicou Mouchart.
"É um depoimento interessante, muito mais completo que 'Tintin e a Alph-Art'. A história está terminada, mas os desenhos ainda não estão completamente pintados", completou.
Hergé começou a trabalhar nesta história no final dos anos 1950, depois de "Tintin no Tibete", mas não foi além dos primeiros esboços a lápis.
"Tintin no País dos Sovietes" foi publicado a 10 de janeiro de 1929 no jornal católico belga "Le Petit Vingtième".
Comentários