Depois de um longo hiato de três anos, interrompido apenas pelo especial de Natal "The Abominable Bride", "Sherlock" voltou ao pequeno ecrã no primeiro dia de 2017, no Reino Unido. Em Portugal, poderá ver os novos episódios através da Netflix.

As críticas ao primeiro episódio não se fizeram tardar.  Ralph Jones, jornalista do The Guardian, defendeu no seu artigo que os criadores da série estão a levar o detective para o universo dos heróis de ação. "Ele é um nerd, não uma personagem de ação; Um cientista, não um espião", frisou, acrescentando que esta versão de Sherlock começa a parecer-se com James Bond.

Em 1912, Arthur Conan Doyle, escritor das histórias sobre o detetive Sherlock Holmes, respondeu com um poema à crítica da London Opinion, revista que defendia que Sherlock Holmes não deveria dizer coisas negativas sobre outros detectives da ficção, visto que lhes devia tanto.

Mark Gatiss

104 anos depois, um dos criadores, argumentistas e atores da série da BBC, Mark Gatiss (que interpreta também o papel de Mycroft na série), seguiu o exemplo de Doyle para responder à crítica do The Guardian.

Em forma de verso, Mark Gatiss respondeu ao jornal, defendendo que, ao contrário do que o autor da crítica defendia, Sherlock era um homem de ação em algumas histórias de Arthur Conan Doyle: "Here is a critic who says with low blow/ Sherlock’s no brain-box but become double-O./ Says the Baker St boy is no man of action -/ whilst ignoring the stories that could have put him in traction". [Leia aqui a resposta completa de Mark Gatiss]

Na resposta, o criador da série relembra ainda que Sherlock praticava boxe em "The Adventure of the Solitary Cyclist", "The Adventure of the Gloria Scott" ou "The Sign of the Four" e que em "The Adventure of the Empty House" é revelada proficiência da personagem em artes marciais.

O próximo episódio da temporada é exibido no próximo domingo à noite no Reino Unido e divulgado em Portugal pela Netflix no dia seguinte.