O FTSS apresenta uma programação que junta à vertente musical a de valorização do património e a de salvaguarda da biodiversidade.
Neste sentido, antecipando a atuação do Coro de Câmara da Ópera Nacional e da Catedral de Szeged, no sábado às 21:30 na igreja matriz de Vila de Frades, na Vidigueira, à tarde realiza-se uma visita guiada ao antigo convento carmelita de Nossa Senhora das Relíquias, atualmente uma propriedade privada.
Segundo nota da organização, esta "velha casa religiosa, cuidadosamente preservada, é um tesouro de arte".
O terceiro tópico da programação deste festival, a sensibilização para a salvaguarda da biodiversidade, é cumprido no domingo de manhã, com uma visita às vinhas centenárias da Vidigueira, de onde provém a uva utilizada no vinho de talha ou "petroleiro", um vinho medieval feito com tecnologia romana.
Os participantes vão poder realizar a poda das videiras, numa visita orientada por Virgílio Loureiro, professor no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, José Miguel Almeida, agrónomo e presidente da adega cooperativa local, e por alguns dos produtores.
O Vaszy Viktor Kamarakórus, sob a direção de Sándor Gyüdi, com o concerto "O vos omnes: Música Sacra Húngara dos séculos XIX-XXI" abre o certame, que este ano se alarga ao Alto Alentejo, com um concerto em Elvas.
O programa do concerto, na igreja de São Cucufate, em Vila de Frades, é constituído por obras de Liszt, de Kodály e de Sándor Szokolay. O programa inclui ainda peças de compositores, atualmente, em atividade, como Miklós Csemiczky, Máté Belola, Márton Levente Horváth e Péter Zombola.
O coro húngaro foi fundado em 1958 e, segundo a mesma fonte, tem atuado nos "principais palcos do mundo". O maestro Sándor Gyüdi é, segundo o FTSS, "detentor de importantes prémios e de extensa discografia, e constitui uma referência internacional na área da polifonia, desde a tradição gregoriana até aos maiores compositores sacros da atualidade".
Ao concerto na Vidigueira, no sábado, com as respetivas ações relacionadas com o património edificado e a salvaguarda da biodiversidade, segue-se no dia 3 de março, em Serpa, a estreia das Canções Populares Húngaras, harmonizadas por Fernando Lopes-Graça (1906-1994), pela soprano Catia Moreso acompanhada pelo pianista Nuno Vieira de Almeida.
Neste mesmo concerto, Hanka Kacsó e Áron Várais interpretam canções tradicionais magiares, acompanhados pelo músico Béla Szerény, em sanfona, flauta e tárogató (instrumento de sopro da tradição húngara).
O FTSS encerra no dia 8 de julho em Sines, no Baixo Alentejo, com a entrega dos Prémios Internacionais Terras Sem Sombra, nas áreas artística, patrimonial e da biodiversidade.
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