Segundo um comunicado da organização, até outubro, um conjunto de propostas nas áreas da música, do cinema, da literatura, do teatro e da dança vão refletir sobre o tema da deslocação de pessoas, sobretudo a forçada, por razões naturais, políticas ou económicas, e de como esta afeta a criação cultural.

A temporada “Gaivotas no Pátio”, que arranca hoje oficialmente, vai incluir a participação de artistas imigrados, refugiados e em situação de maior fragilidade residentes em Portugal.

O objetivo é “dar a conhecer projetos que cruzam influências de artistas originários de outros países, refletindo sobre as migrações e os migrantes do mundo contemporâneo”, destaca a organização.

Recordando que, entre os migrantes e refugiados que encontraram acolhimento em Portugal, estão “profissionais da cultura que inesperadamente ficaram privados ou impedidos de desenvolver a sua arte”, o polo Gaivotas-Boavista assume o objetivo de lhes oferecer uma “oportunidade” para desenvolverem a sua atividade.

Simultaneamente, a programação “Gaivotas no Pátio” revelará também “os talentos das novas gerações” no cinema e no teatro em Portugal.

O cinema terá um segmento com a curadoria de Os Filhos de Lumière, sobre o tema “A Terra e o Mundo”.

A temporada do polo cultural, instalado no Palácio Alarcão, junto ao rio Tejo, arranca agora oficialmente (depois de uma pré-abertura em junho, com o espetáculo de música e dança “Semente Simurgh”) com um concerto de música tradicional e canto da Ucrânia.

O grupo Litá – que atua hoje, às 19h00 – é composto por jovens músicas ucranianas, com um reportório de canções recolhido em expedições etnográficas.

Na edição deste ano, os prémios Acesso Cultura, divulgados a 21 de junho, atribuíram uma menção honrosa ao Polo Cultural Gaivotas-Boavista, “pelos continuados esforços em comunicar com os profissionais do setor cultural português em linguagem clara, eliminando barreiras comunicacionais”.