No dia de São Valentim, os PAUS encheram a sala de concertos do Lux Frágil, em Lisboa, no que foi o primeiro espetáculo de uma digressão europeia.
Entraram de rompante e com uma energia sem igual, como todos esperavam, mas melhor ainda; superaram as expectativas de muitos. O quarteto - composto por dois bateristas (Hélio Morais e Joaquim Albergaria), um baixista (Makoto Yagyu) e um teclista (Fábio Jevelim) - fez vibrar toda a casa, começando com Língua Franca, do álbum homónimo.
Num ambiente de estreita consonância entre público e artistas, como se de um grupo de amigos que não se via há algum tempo se tratasse, o reencontro contou com desafios mútuos e muitos risos. Sem qualquer dúvida, pode afirmar-se que a interação com o público foi sublime, brotando boa disposição.
A setlist não foi seguida à risca, com a assistência a puxar para o lado do Nó - som pertencente ao álbum Clarão -, mas com a banda a resistir, mostrando-nos a Pontimola. Depois de muita insistência, os PAUS içaram a Bandeira Branca, rendendo-se também eles ao nosso ambiente. Ainda assim, conseguiram trocar-nos as voltas e anunciar o tão esperado Nó umas quantas vezes; esta disputa amigável manteve-se até ao fim, tendo a banda entoado a música apenas uma vez, fazendo-nos a vontade.
A temperatura dentro da sala do Frágil elevou-se ainda mais quando se ouviram os primeiros toques da Deixa-me Ser, uma das canções mais acarinhadas pelos fãs. Esta foi dedicada a, e citamos, "todos os namorados e namoradas que são chatos como o (...)", proporcionando ao recinto mais um momento aprazível, com o qual muitos podíamos relacionar-nos.
Terminaram após sensivelmente hora e meia de concerto. Deixaram-nos Pelo Pulso, de coração cheio, como todos pedíamos que deixassem. Desta forma, os PAUS despediram-se de Lisboa e partiram para a sua digressão europeia. Atuarão, no próximo dia 17, em Madrid, num concerto que, se corresponder ao que nos foi mostrado na capital, será a não perder.
Foto: Carolina Calado dos Santos
Comentários