Os portugueses Salto editam esta semana o segundo álbum, "Passeio das virtudes", que reflete a nova dimensão que o grupo ganhou, depois ter crescido para um quarteto, como contou à Lusa o músico Luís Montenegro.
"Quando estávamos a fazer o primeiro disco, fazíamos por camadas, com sobreposição de instrumentos, e nos concertos estávamos mais concentrados no próprio instrumento do que a aproveitar a música. Agora o disco está mais orgânico, não é tão histérico e acelerado", comparou.
Os Salto deram o primeiro concerto em 2007, no Porto, de onde são originários. Na altura, era apenas um projeto de voz e guitarra de Luís Montenegro e Guilherme Tomé Ribeiro, dois primos a sair da adolescência.
Em 2012, editaram o primeiro álbum, com produção de New Max, dos Expensive Soul, no qual assumiam voz, guitarra, ritmos e sintetizadores.
Era "um disco mais cru e mais intenso", mas o projeto precisava de evoluir, com a dupla a alargar-se com a entrada de dois outros músicos, amigos: Filipe Louro, no baixo, e Tito Romão, na bateria.
Entre os dois discos, o grupo teve tempo sobretudo para andar na estrada, em concertos pelo país, num percurso que os levou aos festivais de música de maior audiência - de Algés a Paredes de Coura.
Foi em digressão que os quatro músicos escreveram as canções de "Passeio das Virtudes". "Os concertos serviram de laboratório para a escrita das músicas. Houve uma sinergia de papéis e troca de ideias. Foi um descobrimento importante", explicou Luís Montenegro.
Os quatro músicos têm menos de trinta anos, formação musical e dedicam-se quase em exclusividade à música. "É aquilo que sempre quisemos fazer", contou o músico fundador, referindo que o interesse da banda se estende a todos os processos ligados à música, desde a produção à realização dos vídeos oficiais.
"Passeio das Virtudes", que inclui os temas "Mar inteiro", "Lagostas" e "Selva Néon", será apresentado oficialmente no sábado, no Mercado da Ribeira, em Lisboa, seguindo-se concertos a 4 de fevereiro, no Salão Brazil (Coimbra), dia 5, no Parque Urbano de Paços de Ferreira, no dia 26, no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), e, a 2 de março, no Cine-Teatro António Lamoso (Santa Maria da Feira).
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