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“Para que lado fica o amanhã?” integra reclusos e reclusas do Estabelecimento Prisional da Guarda que apresentam em palco os seus corpos e as suas indagações artísticas, sob a direção artística de Ana Gil e Óscar Silva.
“Narrativamente, o espetáculo apresenta-se como um plano de fuga ao tempo, ameaçando as ideias morais que temos do bem e do mal, tornando os espectadores reféns de si próprios, num universo paralelo onde se empurra o público para um caminho poético, errático e imprevisível”, explicam, em comunicado enviado à agência Lusa, os diretores artísticos da estrutura, Nuno Leão e Ana Gil.
Este espetáculo está englobado no âmbito do projeto de intervenção artística “Espíritos Livres” que está a ser desenvolvido com os reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda, desde outubro de 2021, e que tem apoio do Programa Arte e Reinserção Social da Direção-Geral das Artes.
O processo criativo e metodológico tem sido documentado pelo realizador Tiago Moura, desde o seu início.
Vai culminar num filme documentário a partir do projeto, com estreia prevista para 23 de setembro de 2022, na conferência “Desenlear Pensamento”, promovida pelo Estabelecimento Prisional da Guarda e pela Terceira Pessoa, como um momento de partilha, reflexão, debate e análise do impacto que projetos de intervenção artística têm na reinserção social.
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