"Os seus `sketches´ ficaram famosos, algumas expressões entraram mesmo na linguagem corrente, fez-nos rir e pensar durante anos, um grande obrigado a Jô Soares, que hoje saiu de cena, mas não dos nossos corações, nem das nossas memórias", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota de condolências, divulgada na página oficial da Presidência da República.

O Presidente português apresentou "sinceras condolências" à família e amigos do escritor brasileiro, na nota, que intitulou "Adeus Jô Soares".

O apresentador, Jô Soares na apresentação do espectáculo

Jô Soares, que Portugal descobriu no programa "Viva o Gordo!", em 1981, morreu em São Paulo, Brasil, aos 84 anos, informou a sua ex-mulher Flavia Pedras, através de uma publicação na rede Instagram.

"Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados", lê-se na mensagem, entretanto citada pela imprensa brasileira.

José Eugénio Soares nasceu a 17 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Estreou-se no cinema e na televisão no final dos anos de 1950, como argumentista e ator, nomeadamente no Grande Teatro da TV-Tupi, atingindo sucesso maior cerca de dez anos depois quando chegou à TV Globo com o programa "Faça Humor Não Faça Guerra", de que era ator e autor.

Portugal descobriu o autor de "O Xangô de Baker Street" em 1981, quando a RTP passou a transmitir o seu programa de humor "Viva o Gordo!".

Na última publicação na sua página oficial na rede Twitter, datada de quinta-feira, Jô Soares escreveu: "Não é necessário mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Mas não minta para quem te escuta e nem decepcione os olhos de quem te admira."