A Genesis Prize Foundation, que disse ter sido informada por um representante da atriz, de 36 anos, nascida em Jerusalém, não detalha a que acontecimentos ela se refere.
No seu site diz, no entanto, que não tem "outra opção senão cancelar a cerimónia inicialmente programada para 28 de junho" para lhe entregar o que é chamado de "prémio Nobel judeu", que recompensa o trabalho e a dedicação de uma personalidade à comunidade e aos valores judaicos.
36 palestinianos morreram baleados por soldados israelitas em manifestações desde 30 de março, e centenas ficaram feridos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.
As organizações de defesa dos direitos humanos denunciam o uso excessivo da força por parte de Israel. O secretário-geral da ONU, António Guterres, e a União Europeia pedem uma investigação independente.
A fundação diz que só foi avisada de que "os acontecimentos recentes em Israel foram extremamente angustiantes para Natalie Portman, e que ela não se sente confortável com a ideia de participar de eventos públicos" no país.
Portman "não pode participar com a consciência tranquila nesta cerimónia", acrescenta a fundação, citando um representante da atriz.
A fundação considera Portman uma pessoa "maravilhosa" e "respeita o seu direito a estar publicamente em desacordo com as políticas do governo" israelita. A organização teme, porém, que "a sua decisão politize o cariz filantrópico" da organização e cancela, consequentemente, a cerimónia.
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