Questionada pela agência Lusa, a DGPC esclareceu que, depois de o prazo ter terminado em 2020, "propôs ao Metropolitano de Lisboa a assinatura de novo aditamento, prolongando a cedência do espaço até à data da instalação do Museu Nacional da Música em Mafra", adiantando que "os termos desse acordo estão a ser formalizados".

A DGPC está ainda a estimar os custos da transferência do museu para Mafra, assim como os respetivos custos futuros de funcionamento.

Em outubro, o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Mafra escolheram a parceria dos gabinetes de arquitetura Site Specific Arquitetura e P06 Atelier para a elaboração do projeto para o Museu da Música, entre 17 propostas apresentadas ao concurso.

À proposta vencedora foi atribuído um prémio de 10 mil euros.

O contrato de prestação de serviços vai ser celebrado no valor de cerca de 223 mil euros.

O júri deliberou atribuir o segundo e terceiro lugares, respetivamente, a José Maria Cumbre & Nuno Sousa Caetano - Arquitetos Lda. e Pedro Ponce de León Hernández, aos quais correspondem prémios nos valores de cinco mil e três mil euros.

O júri do concurso foi constituído pelo arquiteto Luís Soromenho Marreiros, em representação da Direção-Geral do Património Cultural, pela arquiteta Soraya de Fátima Mira Godinho, pelo Município de Mafra, pela arquiteta Inês Vieira da Silva, da Ordem dos Arquitetos, por Graça Maria Mendes Pinto de Drummond Ludovice, pelo Museu Nacional da Música, e por Sérgio Gorjão, do Palácio Nacional de Mafra.

Em novembro de 2019, a câmara de Mafra tinha lançado concurso para a elaboração do projeto destinado à instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra, mas veio a prorrogá-lo por duas vezes.

O concurso foi lançado na sequência da parceria estabelecida entre Ministério da Cultura e o Município.

O museu, atualmente instalado na estação de Metropolitano do Alto dos Moinhos, em Lisboa, tem uma das mais ricas coleções da Europa de instrumentos musicais, com um acervo composto por mil instrumentos dos séculos XVI ao XX, de tradição erudita e popular.

Fazem também parte do museu vários espólios documentais, e coleções fonográficas e iconográficas do maior relevo.

Entre os instrumentos classificados como Tesouro Nacional estão o cravo Taskin, de 1782, recentemente restaurado, e o cravo Antunes, de 1758.

O piano Boisselot, que o compositor e pianista Franz Liszt trouxe a Lisboa, em 1845, e o violoncelo de Antonio Stradivari, que pertenceu ao rei D. Luís, são outros tesouros do museu.

O violoncelo de Henry Lockey Hill, de Guilhermina Suggia, os violinos e violoncelos de Joaquim José Galrão, os clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses são outros destaques da coleção, assim como os raros cornes ingleses Grenser e Grundman & Floth, do final do século XVIII, e as flautas de Ernesto Frederico Haupt, de meados do século XIX, que são exemplares únicos.

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