A editora colocou à venda 800 mil exemplares - um número excecional em tempos de música em streaming - do álbum "Mon pays c'est l'amour", o mais esperado do ano em França.

Na passada sexta-feira foram vendidos 300 mil exemplares físicos (CD e LP), um número invulgar para o mercado francês num primeiro dia de comercialização, anunciou à AFP a Warner Music France.

Johnny Hallyday foi uma instituição no seu país durante cinco décadas, enchendo estádios até ao final dos seus dias. Morreu a 5 de dezembro de 2017, aos 74 anos, na sequência de um cancro.

"O álbum já é disco de platina", ou seja, alcançou a marca de 100 mil cópias, comemorou na rádio RTL o presidente da Warner, Thierry Chassagne, pouco após sair à venda o CD e vinil à meia-noite de quinta.

Johnny Hallyday

Os pedidos de compra antecipada já haviam garantido essa marca, aos quais se somaram as primeiras compras dos fãs, alguns dos quais fizeram fila em lojas abertas para a ocasião durante a madrugada.

"Amava Johnny. Queria estar aqui por respeito. Estive nos Champs-Élysées em dezembro, era importante voltar. Dessa vez passei a noite ao relento. Foi a primeira vez na minha vida em que fiz algo assim", afirmou Edith, de 50 anos, lembrando a enorme homenagem feita ao cantor poucos dias depois da sua morte.

Para evitar partilhas ilegais, a gravadora tomou medidas drásticas durante a fase de fabrico: todos os exemplares foram produzidos em apenas uma fábrica na Itália e "colocados num local muito alto para que os funcionários não pudesse abri-los", segundo Chassagne.

A campanha promocional incluiu a participação da viúva do cantor, Laeticia Hallyday, num noticiário televisivo de grande audiência. O artista deserdou em benefício da companheira os filhos Laura Smet e David Hallyday, fruto de uniões anteriores.