O livro para crianças "Achimpa", da autora portuguesa Catarina Sobral, foi distinguido pela Fundación Cuatrogatos, uma organização criada nos Estados Unidos para promover a literatura ibero-americana para a infância.

Todos os anos aquela organização elege os vinte melhores livros para crianças e jovens escritos ou traduzidos para espanhol e que são publicados por editoras ibero-americanas.

Este ano, entre os 20 escolhidos está "Achimpa", de Catarina Sobral, publicado originalmente em Portugal em 2012 e editado em 2015 na Argentina, entre outros países.

"São vinte livros altamente recomendados pelos seus valores literários e artísticos e que, no entender da organização, merecem ter uma maior divulgação", afirma a Fundación Cuatrogatos na página oficial na Internet.

"Achimpa", segundo livro de Catarina Sobral para a infância, parte da descoberta de uma palavra num dicionário - uma palavra inventada pela autora - e para a qual se tenta encontrar um significado, aplicando-a enquanto verbo, adjetivo ou substantivo, em sucessivas situações.

"Com uma narrativa que combina texto e imagem gráfica de forma certeira, esta história genial e inteligente lembra-nos que a língua é uma criatura viva, mutante, cheia de surpresas e sempre 'achimpadíssima'", lê-se na descrição feita pela Fundación Cuatrogatos.

Catarina Sobral, nascida em Coimbra em 1985, tem somado vários prémios desde que se estreou em 2011 com o livro "Greve".

"Achimpa" valeu-lhe em 2012 o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores de melhor livro para a infância, com o livro "O meu avô" venceu em 2014 o prémio internacional de ilustração, da Feira do Livro Infantil de Bolonha.

Depois disso, a ilustradora publicou "O chapeleiro e o vento", "Vazio", "A sereia e os gigantes" e ilustrou "A casa que voou", de Davide Cali, e "Não há dois iguais", de Javier Sobrino.

Atualmente, Catarina Sobral integra a exposição da Ilustrarte - Bienal Internacional de Ilustração para a Infância, patente em Lisboa.

Além dos vinte livros premiados, Fundación Cuatrogatos destaca os livros finalistas, entre os quais a edição colombiana de "Os livros que devoraram o meu pai", de Afonso Cruz, e a edição espanhola de "Se eu fosse um livro", de José Jorge Letria e André Letria.