"A 12.ª edição do Jazz im Goethe-Garten [JiGG] proporciona mais uma visão na atualidade", "consagrando a diversidade de expressões da linguagem jazz na Europa que não cessa de se transformar", escreve o diretor artístico do festival, Rui Neves, que destaca os "músicos inquietos", vindos "de diferentes geografias e de várias gerações, acompanhando a evolução" desta expressão musical.

O quarteto português Clocks and Clouds, formação colaborativa, sem líder, atua hoje ao fim da tarde. Composto por Luís Vicente (trompete), Rodrigo Pinheiro (piano), Hernâni Faustino (contrabaixo) e Marco Franco (bateria), instrumentistas da 'free music', "evidencia identidade e substância", afirma Rui Neves.

Na quarta-feira, atua o Sputnik Trio, composto por Ricardo Tejero (saxofone tenor, clarinete), Marco Serrato (contrabaixo) e Borja Díaz (bateria), músicos espanhóis radicados em Londres, antecedendo a apresentação do trio suíço Ambiq, na quinta-feira, que apela à eletrónica, e do trio austríaco Hang em High, na sexta-feira, que pratica uma "música ousada", "sem limites".

A segunda semana do JIGG abre com Journal Intime (terça-feira, 12 de julho), "um trio de músicos virtuosos pertencentes a importantes formações francesas do 'jazz avant'", segundo Rui Neves, que cultivam "o repertório de Jimi Hendrix, numa associação instrumental rara": trompete, saxofone baixo e trombone.

Gianluca Petrella (trombone, efeitos, eletrónica) e Giovanni Guidi (piano, fender rhodes), "um duo da nova geração dourada do jazz italiano", "dois músicos que constantemente se colocam em desafio com ironia, abertura mental e com propensão à exploração", atuam na quarta-feira, dia 13.

O pianista Georg Ruby e o clarinetista Michel Pilz reúnem a memória de quase 50 anos de jazz europeu e apresentam-se na quinta-feira.

O festival encerra sexta-feira, 15 de julho, novamente com apelo a um quarteto colaborativo, sem líder, o quarteto alemão Grid Mesh, composto por Willi Kellers (bateria, 'remote piano'), Andreas Willers (guitarra elétrica e efeitos), Matthias Müller (trombone) e Frank Paul Shubert (saxofones alto e soprano), "quatro músicos assertivos e ultra dinâmicos", detentores de uma "linguagem original, que reflete a compreensão de conceitos de jazz", segundo o diretor artístico do festival.

Os concertos realizam-se sempre às 19:00, nos jardins do Instituto Goethe, com bilhetes a cinco euros.