Este ano, o festival terá pela primeira vez a figura do país-foco, que será o Brasil e vai estar em destaque em vários momentos da programação.

Com organização a cargo da Associação Isonomia, o festival, nesta edição 2020, pretende alertar os cidadãos para os desafios que representam as alterações climáticas, bem como para a necessidade de mudar comportamentos em prol do ambiente.

Segundo Rui Oliveira, da associação organizadora, o festival incluirá oito filmes, com “algum do melhor cinema ambiental do mundo”.

Haverá ainda quatro debates, todos online, alusivos aos temas “Sustentabilidade no pós-covid”, “O Brasil não é para amadores”, “Como nos movemos na cidade em direção ao futuro?” e “Uma nova geração na política?”.

O Brasil está representado, designadamente, com uma demonstração de danças do país, sobretudo carimbó, capoeira e samba.

Para o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, este é um evento que “tem o mérito de trazer para a agenda temas diferenciadores e pertinentes”.

“Braga é uma cidade jovem, dinâmica e onde a cidadania é valorizada. O executivo municipal tem desenvolvido ações no sentido de fomentar a consciência cívica dos cidadãos e, nesse sentido, este olhar sobre o meio ambiente e a sustentabilidade é especialmente pertinente por se tratar de uma prioridade da nossa atuação”, referiu o autarca.

Rio afirmou ainda que a ligação ao Brasil promovida este ano é outro ponto importante do festival, já que em Braga existe uma larga comunidade brasileira que se “integrou perfeitamente na sociedade e representa uma mais-valia a título social, económico e cultural”.

Do programa do festival consta ainda uma visita ao Bairro da Alegria, em Braga, para conhecer o interior das Sete Fontes, monumento nacional que em tempos constituiu a principal fonte de abastecimento de água à cidade.

Com organização do Coletivo Eufémia, o evento inclui também um workshop sobre “Educação menstrual e meio ambiente”, que ensinará a criar pensos sustentáveis.

Os cantadores ao desafio Augusto Canário e Cândido Miranda também marcarão presença no festival, versejando sobre temas políticos atuais, com destaque para os assuntos ambientais.

No contexto do festival, foram ainda atribuídas, pelo Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPJD), quatro bolsas de criação, com o valor de 500 euros, destinadas a jovens artistas, criadores e ativistas do distrito de Braga.

Os projetos integram a programação do evento.

“É preciso incentivar os jovens a envolverem-se ativa e politicamente em aspetos fundamentais para o presente e o futuro”, referiu Vítor Dias, diretor do IPJD do Norte.

O festival decorrerá no Centro de Juventude de Braga, com lugares marcados, sendo recolhidos o nome e o contacto telefónico de todas as pessoas do público, a pedido da Direção-Geral da Saúde.