André Letria, Sara Feio, Frederico Pedreira, Rosa Oliveira, Afonso Reis Cabral, Júlia Barata e Filipe Abranches têm em comum a cidade de Lisboa, onde nasceram ou estudaram ou vivem, uma cidade que apela à criatividade e sobre a qual os autores vão explicar como influencia o seu trabalho criativo e o que representa para cada um deles.
Ainda antes da mesa de abertura, será lançada uma Linha de Apoio à Tradução de Autores de Língua Portuguesa, que visa não só obras de autores portugueses, bem como de autores africanos e timorenses de língua portuguesa. A apresentação desta linha estará a cargo o Instituto Camões e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
Hoje inauguram-se também várias exposições, que vão ficar patentes até ao final da feira, no dia 12 de maio: a Casa Fernando Pessoa instala-se no recinto e terá programa paralelo de leitura de fragmentos de "O Livro do Desassossego"; uma mostra internacional de ilustração que junta os ilustradores selecionados pela Bienal de Ilustração de Guimarães com os de uma associção de desenho argentina; e uma mostra de 10 quadros, da autoria de André Letria e Sara Feio, que ilustram o que representa Lisboa e o que a une a Buenos Aires.
O escritor Afonso Reis Cabral vai fazer uma apresentação pública do seu romance "Pão de Açúcar", baseado no homicidio da transexual Gisberta por um grupo de rapazes no Porto, e a autora de banda desenhada portuguesa Júlia Barata, residente em Buenos Aires, vai conduzir uma oficina de desenho baseada em Alexandre O'Neill, que incluirá leituras de poemas - em português e castelhano - e trocas de ideias sobre o autor e a sua obra.
Ao longo destes 18 dias - os dias 23 e 24 são dedicados às jornadas profissionais -, vão passar pela feira trinta e sete autores portugueses, num programa com cerca de 100 atividades, centradas no livro, mas também em cinema e música.
Naquela que é uma das maiores feiras do livro do mundo e que tem a particularidade de convidar cidades e não países, como é usual, Lisboa terá um espaço de 200 metros quadrados, um pequeno auditório, espaços de leitura, de áudio e livros de vários autores portugueses, não apenas os que vão estar presentes.
A Feira do Livro de Buenos Aires é organizada pela Fundação el Libro – entidade que se dedica à promoção do livro e da leitura desde 1974 - e a participação de Lisboa está a ser coordenada pela autarquia lisboeta.
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