O Eurovision Village, espaço criado no Terreiro do Paço, em Lisboa, é o local de encontro dos fãs depois dos dias de ensaios e de espetáculos  do Festival Eurovisão da Canção. Na noite desta terça-feira, 7 de maio, centenas de pessoas juntaram-se na praça lisboeta para o concerto da Banda do Mar.

Durante uma hora, Mallu Magalhães, de São Paulo, Marcelo Camelo, do Rio de Janeiro, e Fred Ferreira, de Lisboa, embalaram o público com os temas mais conhecidos do projeto que uniu o músico português ao casal do Brasil. O concerto abriu com "Cidade Nova" e "Me Sinto Ótima".

A banda conquistou sorrisos e arrancou algumas lágrimas aos fãs da primeira fila com os temas do primeiro disco, com "Mais Ninguém", uma das canções mais celebradas da noite.

Tal como no álbum, no concerto Mallu Magalhães e Marcelo Camelo dividem a missão de dar voz às canções. Porém, durante o concerto, os dois cantores brasileiros vão recordado temas extra Banda do Mar. Depois de de Mallu cantar  "Velha e Louca", da sua carreira a solo, Marcelo Camelo ofereceu "Vermelho".

Entre gestos de amor, na setlist seguiu-se "Janta" e "Dia Clarear", temas que conquistaram os corações do público. "Não percebo nada do que ela diz nas canções, mas estou a gostar. É música feliz", comentou um fã eurovisivo durante o concerto, provando que a música não tem fronteiras.

Antes do adeus, ainda houve tempo para  "Muitos Chocolates". Mas o ponto alto chegou na última canção. Para surpresa de todos - especialmente das dezenas de brasileiros que não faltaram ao concerto -, Marcelo Camelo cantou "Anna Júlia", tema da sua banda, os Los Hermanos. "Ele no Brasil nunca cantaria 'Anna Júlia'. Há muitos anos que ele não canta'", comenta uma fã brasileira.

Nas redes sociais, o público não poupou elogios à Banda do Mar.

O Eurovision Village acolhe espetáculos até 12 de maio, data da final do concurso, marcada para a Altice Arena. A "aldeia" da Eurovisão, que funciona diariamente das 10:00 às 00:00, é de acesso gratuito, até atingir a lotação máxima.

Este domingo a noite é de três tributos a artistas portugueses, que foram apresentados pela primeira vez na edição deste ano do Festival da Canção: um tributo a Carlos Paião, preparado por JP Coimbra e Nuno Figueiredo, outro às Doce, da responsabilidade de Moullinex, e um outro a Simone de Oliveira, organizado por Nuno Feist.

A Orquestra Metropolitana de Lisboa irá apresentar na quarta-feira "Os Maiores Clássicos Europeus” e, a 11 de maio, atuam os Orelha Negra e Capicua, que estará acompanhada da Guerrilha Cor-de-Rosa, composta por Blaya, Ana Bacalhau, M7 e Marta Ren.

A programação do espaço inclui ainda atuações dos concorrentes da edição deste ano e as emissões em direto, num ecrã gigante, das semifinais (na terça-feira e na quinta-feira) e da final (a 12 de maio), a partir das 20:00.

A Eurovision Village inclui também uma zona de restauração e uma outra ‘lounge’ e de sombras, bem como tendas dos patrocinadores e parceiros da iniciativa.

Na vedação do recinto está uma exposição sobre as edições anteriores do concurso.

Portugal acolhe este ano pela primeira vez o Festival Eurovisão da Canção, que vai na 63.ª edição, por ter sido o país vencedor do ano passado.

Portugal venceu o concurso com a música “Amar pelos Dois”, composta por Luísa Sobral e interpretada por Salvador Sobral. Este ano, Portugal concorre com o tema “O Jardim”, composto por Isaura e interpretado por Cláudia Pascoal.

O concurso é realizado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) em parceria com a RTP, em Lisboa.

A Altice Arena, no Parque das Nações, será o palco das semifinais e da final do concurso, disputado por 43 países.