A "História da Eternidade", de Jorge Luis Borges, que se encontra esgotada no mercado livreiro português, regressa às livrarias no próximo dia 11 de agosto, anunciou hoje a editora Quetzal.

Com tradução de José Colaço Barreiros, esta é a terceira edição da obra do escritor argentino na Quetzal, depois das duas primeiras, em 2012.

"Reflexão sobre o tempo, o infinito e o finito, entre outras questões que só abrem as portas para a admirável sabedoria de um dos grandes 'autores do mundo'", como escreve a editora, no comunicado hoje divulgado, a capa da "História da Eternidade" utiliza "elementos do tríptico das 'Tentações de Santo Antão', de Hieronymus Bosch", da coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

No início da obra, Borges cita Platão, para quem "o tempo era uma imagem em movimento da eternidade". O texto que dá o título ao livro "ocupa-se do tempo e da sua negação e examina os dois conceitos opostos da eternidade: a alexandrina, de raiz platónica, e a cristã, nascida com a doutrina trinitária e formalizada por Santo Agostinho".

"Ao mencionar a essência do tempo e as nossas perplexidades, Borges dá como exemplo o caso dos tradutores de 'As Mil e Uma Noites', que nunca encontraram uma única versão definitiva".

"História da Eternidade", cuja edição original data de 1936, "anuncia os contornos do génio de Borges e a sua presença no cânone da literatura do século XX", conclui a Quetzal.