Depois dos escritores Patrícia Portela, Rui Cardoso Martins e Isabela Figueiredo, Miguel Cardoso, autor de vários livros de poesia como “Que se diga que vi como a faca corta” (Mariposa Azual, 2010), “Pleno Emprego” (Douda Correria, 2013) ou “Víveres” (Tinta-da-China, 2016) é o escolhido para a Bolsa de Residência Literária de um mês, na cidade de Berlim.

De acordo com uma nota enviada pelo Camões Berlim à agência Lusa, estão programadas várias leituras públicas durante a residência.

“Em Berlim estará a trabalhar num projeto que terá a cidade como um acervo vivo, quotidiano a partir do qual constituirá a matéria literária. O projeto explora os pontos de contacto entre o literário (ou o lírico) e o documental”, lê-se na nota informativa.

Miguel Cardoso ensina, traduz e escreve em Lisboa, onde nasceu em 1976. Passou alguns anos em Londres, tendo regressado a Portugal.

O poeta é membro do coletivo Unipop e colaborador na revista Imprópria. Tem poemas, ensaios e outros textos publicados em diversas antologias e periódicos. Traduziu recentemente “Letters against the firmament”, do poeta inglês Sean Bonney (Douda Correria, 2016).

Em 2017 integrou o programa literário da Feira do Livro de Leipzig onde foi apresentada uma seleção de poemas de “Víveres”, na tradução de Odile Kennel, que este ano será publicado no Brasil na coleção “Poesia Portuguesa Hoje”, pelas edições Macondo, juntamente com obras de Manuel de Freitas, Tatiana Faia, Mariano Alejandro Ribeiro e Cláudia R. Sampaio.

Iniciada em 2016, a Bolsa de Residência Literária em Berlim enquadra-se no programa de divulgação internacional, estruturado pela Embaixada de Portugal na Alemanha e o Camões Berlim, no âmbito do plano anual de ação cultural externa, coordenado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Cultura.

A quarta edição desta iniciativa começa a 15 de outubro. Entre as leituras públicas está a participação na Feira do Livro de Frankfurt que começa a 16 de outubro e termina no dia 20 do mesmo mês.