“Com grande pesar, temos que anunciar que o Festival Glastonbury deste ano não irá acontecer e que este será mais um ano de descanso forçado para nós”, lê-se num comunicado publicado hoje no site oficial do festival.

Na nota, a organização refere que, “apesar dos esforços, ficou claro” que não é possível “fazer o festival acontecer este ano”.

Na quarta-feira, o Reino Unido registou um novo máximo diário de 1820 mortes devido à COVID-19, nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 93 mil.

Os últimos dados dão conta de 39.068 infetados hospitalizados, dos quais quase quatro mil ligados a ventiladores.

Em dezembro, em declarações à BBC, Emmily Eavis, coorganizadora do festival afirmou que a organização estava a fazer os possíveis para manterem a edição de 2021.

O Festival Glastonbury, que se realizava anualmente desde 1970, já tinha sido cancelado no ano passado.

Em março de 2020, a organização anunciou o cancelamento da edição desse ano, prevista para junho, devido à pandemia da COVID-19.

A edição de 2020, que deveria decorrer entre 24 e 28 de junho e tinha confirmados artistas como Kendrick Lamar, Taylor Swift e Paul McCartney, seria de celebração dos 50 anos do festival.

A organização pede “desculpas” por “desapontar” todos os que contavam com o festival este ano.

À semelhança do ano passado, a organização “gostaria de oferecer a todos aqueles que asseguraram bilhetes em 2019, a oportunidade de passarem o depósito de 50 libras para o próximo ano, garantindo assim a oportunidade de comprarem um bilhete para 2022”.

Glastonbury é um dos maiores festivais de verão do mundo.

Em Portugal, há vários grandes festivais programados a partir de junho, entre os quais, Primavera Sound (junho), no Porto, Rock in Rio Lisboa (junho), Alive (julho), em Oeiras, Super Bock Super Rock (julho), em Sesimbra, Sudoeste (agosto), em Odemira, e Paredes de Coura (agosto), mas os promotores querem saber em que condições poderão realizá-los.

Na semana passada, associações representativas do setor dos espetáculos de música reuniram-se com o Governo, naquela que foi a primeira reunião de trabalho para “definir uma estratégia que permita” este ano a realização de festivais e concertos.

O objetivo é criar um grupo de trabalho para "analisar o impacto da pandemia e, sobretudo, definir as regras ou procedimentos necessários para que, mesmo no atual contexto, se possam realizar diferentes tipos de eventos sem, no entanto, comprometer a saúde pública", como explicou na altura em comunicado a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE).

Na reunião com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, estiveram representantes da APSTE, da Associação de Promotores, Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), da Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) e da Associação Espetáculo – Agentes e Produtores Portugueses (AEAPP).

Do lado do Governo, além de Graça Fonseca, participaram “representantes da Secretaria de Estado Turismo, da Secretaria de Estado da Saúde e da IGAC [Inspeção-Geral das Atividades Culturais]”.

Portugal Continental está, desde o dia 15 de janeiro, num novo confinamento geral, devido ao agravamento da pandemia de COVID-19, com os portugueses sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário.

A medida levou ao encerramento de todas as salas e equipamentos culturais.

As medidas extraordinárias determinadas pelo governo, no âmbito do estado de emergência, vão vigorar até às 23h59 de 30 de janeiro para “limitar a propagação da pandemia e proteger a saúde pública”.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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