Num vídeo publicado hoje (10) nas redes sociais, Tony Carreira refere que ele e a sua equipa começaram “há dois meses e meio” a ensaiar para o espetáculo de sábado e que “há dias” que pensam sobre o assunto: “neste momento achamos que não há condições para que esse concerto aconteça, para que haja alegria, boa disposição e segurança”.

O Governo português recomendou a suspensão de eventos em espaços fechados com mais de mil pessoas e em espaços abertos com mais de cinco mil, devido à epidemia de Covid-19, que foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

No vídeo, o cantor anuncia uma nova data para o espetáculo, 27 de novembro, lamentando ter de tomar a decisão.

“Estou muito triste, mas a vida continua e, se Deus quiser, dia 27 de novembro estaremos todos juntos para que este concerto seja um grande sucesso. Sinceramente, acho que tomei a decisão certa”, afirmou.

Segundo a empresa Blue Ticket, também numa publicação nas redes sociais, a produtora Regiconcerto decidiu cancelar o espetáculo, “em virtude dos recentes acontecimentos”.

“Os bilhetes adquiridos mantêm-se válidos para esta nova data. O público terá igualmente a possibilidade de devolução do valor pago pelos bilhetes, no local de aquisição dos mesmos, no prazo de 30 dias a contar da data do evento adiado”, refere a empresa.

Tanto Tony Carreira como a Blue Ticket fazem as declarações sem nunca se referirem à epidemia do novo coronavírus.

Segundo a página de Tony Carreira no Facebook, também o concerto de 28 de março, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e o de 11 de abril, no Olympia, em Paris, estão esgotados.

O cantor assinalou em 2018 30 anos de carreira, anunciando uma pausa “no seu percurso musical”, por tempo indeterminado. A pausa acabou por durar cerca de um ano.

Tony Carreira começou a cantar em França, para a comunidade portuguesa, numa banda constituída com os irmãos, Irmãos 5.

Em 1988, já a solo, editou o primeiro ‘single’, depois da participação no Festival da Canção da Figueira da Foz.

O primeiro álbum do cantor, “Não vou deixar de te amar”, data de 1991.

Ao longo da carreira, editou 28 álbuns, 20 dos quais de originais, e quatro DVD, nos quais ficaram registados, entre outros, concertos no Olympia, em Paris, e na Altice Arena, em Lisboa.

O cantor conseguiu alcançar, de acordo com informação disponibilizada no seu 'site', a marca de “60 discos de platina e mais de quatro milhões de discos vendidos”.

Nos últimos 30 anos, “esgotou, em várias ocasiões, alguns dos mais importantes e carismáticos recintos de espectáculos do Mundo, como os incontornáveis Olympia e Zenith em Paris, o imponente Emperors Palace na África do Sul, o marcante Queen Elizabeth nos Estados Unidos, ou a mítica Brixton Academy em Londres, só para citar os mais marcantes”.

Mais informações sobre o COVID-19