Para além da programação semanal de ‘showcases’, o Café Curto estreia, este ano, a MIC – Música Independente de Coimbra, uma convocatória para acolher artistas e bandas residentes no território dos 19 concelhos da comunidade intermunicipal da Região de Coimbra.

A MIC “o que pretende, é tirar projetos que estejam um bocadinho na gaveta ou timidamente na garagem e dar-lhes oportunidade de se apresentarem inseridos neste ciclo”, disse à agência Lusa Ricardo Jerónimo, da plataforma Blue House, promotora do Café Curto.

Os projetos que apresentarem a sua candidatura à MIC e forem selecionados, “terão a oportunidade de gravar um tema nos estúdios da Blue House, fazer uma sessão fotográfica, um videoclip e ter um conjunto de oficinas”.

“A ideia é mesmo solidificar um projeto que está embrionário, que está a nascer”, argumentou Ricardo Jerónimo, acrescentando que depois de passarem pela Blue House, os novos projetos serão apresentados ao vivo no café-concerto do Convento de São Francisco, integrados no ciclo de ‘showcases’.

Outra estreia em 2022 serão as residências artísticas: “Dos artistas que não sejam de Coimbra e estão integrados na programação do Café Curto, selecionaremos alguns, um por trimestre, e lançamos o desafio de fazer um cruzamento com um músico de Coimbra”, explicou Ricardo Jerónimo.

O desafio passa por “trabalhar em conjunto um tema”, que será, depois, apresentado durante os 30 minutos do ‘showcase’ do artista programado.

O ciclo integrará igualmente um espaço dedicado à música hispano-lusófona, consubstanciado, numa parceria com o projeto Rádio Pessoas - sediado em Coimbra e liderado pelo brasileiro Eron Quintiliano, que será responsável, juntamente com a Blue House, por algumas datas da programação.

O Café Curto tem já agendados concertos até março, que arrancaram na terça-feira com a pop eletrónica dos Papercutz. Dia 18 será a vez do músico, compositor, produtor e técnico de som Nuno Rancho, estando prevista para dia 25 a primeira apresentação da Música Independente de Coimbra.

A MIC regressará ao palco do café-concerto a 15 de fevereiro, precedida, no dia 1 do próximo mês dos Hot Air Ballon, projeto de Sarah Jane Burke e Tiago Machado, nascido em Vigo (Espanha) em 2013 e cujo primeiro álbum, editado em 2016, foi nomeado para os The Independent Music Awards.

A 8 de fevereiro, o programa do Café Curto conta com Fosco, temas instrumentais e acústicos protagonizados pelos guitarristas Diogo Alves Pinto e Gabriel Salgado.

Fevereiro encerra (dia 22) com Milton Gulli, músico e produtor de ascendência moçambicana que, entre outros projetos, foi vocalista dos Cool Hipnoise, e que marca a primeira edição da Radio Pessoas no Café Curto.

Em março, o programa do Café Curto inicia-se no dia 1 com Rita Braga, artista que faz uso de instrumentos como o ukelele, teclados, banjolele e caixas de ritmos para interpretar temas em português, inglês, finlandês e japonês.

Dia 8 de Março Rita Joana apresenta o seu álbum El Cine, “um disco de homenagem aos intérpretes mexicanos que, entre os anos 40 e 60, foram as vedetas internacionais de uma estética musical e cinematográfica” e a programação inclui ainda Grutera (dia 15), o duo espanhol San Jerónimo em residência artística com Birds Are Indie (dia 22) e Arianna Casella y Cauê no dia 29.

Segundo a Blue House, o ciclo Café Curto iniciou-se em outubro de 2020, foi interrompido entre janeiro e abril de 2021 devido às restrições relacionadas com a pandemia de COVID-19, retomou em maio, fez uma pausa no verão e continuou até dezembro.

Nesse período, passaram pelo café-concerto do Convento de São Francisco 35 projetos, num total de 86 músicos, a maioria com ligações à região de Coimbra, mas também de outros locais e estrangeiros.

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