“O AngraJazz é sem dúvida nenhuma um dos melhores festivais de jazz em Portugal”, salientou hoje, em conferência de imprensa, José Ribeiro Pinto, presidente da Associação Cultural AngraJazz, que organiza o festival.
Este ano, a organização apostou no jazz norte-americano, integrando o cartaz para além do quarteto de Charnée Wade e do trio de Christian McBride, o quarteto do trompetista Ralph Alessi e o septeto The Cookers.
O saxofonista português Desidério Lázaro, com os “Subtractive Colours”, e a Orquestra AngraJazz, de Angra do Heroísmo, com Paulo Gaspar e Ricardo Toscano, como convidados, também vão subir ao palco do festival, que apresenta dois concertos por noite, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
Com um orçamento de 115 mil euros, financiado em parte pela autarquia de Angra do Heroísmo e pelo Governo Regional, só é possível trazer à ilha Terceira dos maiores nomes do jazz internacional, com “muita contenção” e antecipação, segundo José Ribeiro Pinto.
“Quando acaba um festival já estamos a falar com os músicos para o festival seguinte”, salientou.
Por outro lado, o nome que o festival ganhou ao longo de 18 edições facilita as contratações e ajuda a reduzir os ‘cachets’.
“O AngraJazz é de facto famoso. Os agentes internacionais já nos conhecem muitíssimo bem. Não trazemos um único músico através de um agente nacional”, adiantou José Ribeiro Pinto.
Segundo a vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo Raquel Ferreira, o AngraJazz é uma “referência” não só em Portugal, como no estrangeiro, e já é motivo de atração de turistas.
“Têm passado por aqui nomes de grande destaque a nível mundial e isso só demonstra o potencial e a fama do festival”, frisou.
Com casa cheia todas as noites, há vários anos, o festival AngraJazz conta com um público maioritariamente local, mas a organização estima que 15% dos espetadores chegue de fora da ilha.
Para José Ribeiro Pinto, o crescimento do turismo associado ao festival requer um envolvimento de várias entidades públicas a privadas.
“A Câmara Municipal deve ser o ponto de charneira, porque é aqui no município que as coisas vão acontecer, mas têm de ser as entidades viradas para o turismo a ajudar a câmara a proporcionar programas para trazer mais gente”, salientou.
Os bilhetes diários variam entre os 12 e os 18 euros, enquanto o ingresso para os três dias custa entre 25 e 45 euros, havendo ainda bilhetes diários a 5 euros para jovens e idosos.
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