Billy Bragg, The Unthanks e The Comet is Coming são os primeiros nomes, hoje anunciados, do Festival Músicas do Mundo (FMM), que decorre em Sines e Porto Covo de 22 a 30 de julho.
Em comunicado, a organização afirma que o inglês Billy Bragg é “um dos cantautores mais incisivos dos últimos quarenta anos” e, quanto aos The Unthanks, refere-os como “um dos grupos mais reconhecidos da folk britânica”, mencionando os The Comet is Coming como “um novo projeto de música eletrónica, sediado em Londres”.
Billy Bragg, de 58 anos, iniciou a carreira na década de 1970 e é “considerado uma figura influente do movimento ‘anti-folk’, dos anos 1980, ao trazer uma postura mais rebelde e politicamente assertiva para o discurso da folk tradicional”.
“As suas canções são hinos de protesto entre os mais acutilantes da música britânica, expressão de uma vida pública marcada pelo ativismo e pela intervenção social”, realça a mesma fonte. Ao longo da carreira, Bragg gravou 12 álbuns de estúdio, editou sete compilações e duas box sets.
“Em Sines irá cantar à guitarra novas e velhas canções do seu repertório, bem como versões de Woody Guthrie, de quem musicou letras inéditas, a convite da filha do cantautor americano, e será acompanhado CJ Hillman, nas guitarras ‘pedal steel’, dobro e 'rickenbacker'”.
Os The Unthanks, originários da região britânica da Nortúmbria, formaram-se em 2004, com a designação Rachel Unthank and The Winterset, com a qual se apresentou em Sines em 2008. O núcleo duro do grupo é formado pelas irmãs Rachel e Becky Unthank.
“As canções que escrevem contam sempre uma história. Tomam como ponto de partida a música tradicional do nordeste de Inglaterra, mas absorvem influências de músicos como Steve Reich, Sufjan Stevens, Robert Wyatt, Antony & The Johnsons, King Crimson e Tom Waits”.
O seu álbum “The Bairns”, de 2007, foi o único disco folk integrado nas listas de melhores álbuns da primeira década do século XXI, publicadas pelo jornal The Guardian e pela revista Uncut. “Mount the Air” é o seu oitavo disco de originais, editado no ano passado.
The Comet is Coming é “um projeto de música de dança criado em Londres, em 2013, que cruza jazz, eletrónica, funk e rock psicadélico”.
O grupo é constituído pelos músicos Shabaka Hutchings, Danalogue e Betamax. “Prophecy” foi o seu EP de estreia, editado no ano passado, estando previsto o primeiro álbum para este ano.
“A sua linguagem remete para Sun Ra, Frank Zappa, Jimi Hendrix e os ‘workshops’ radiofónicos da BBC, em que a banda emergiu, inspirados nas profecias de Nostradamus, classificam a música que fazem como ‘uma banda sonora para um apocalipse imaginário’, dentro de um universo estético povoado pela ficção científica e pelo cinema”, afirma a organização do FMM.
De acordo com a organização, o Festival “é a experiência de música ao vivo mais global que acontece no nosso país”, proporcionando “um retrato das músicas populares que se fazem hoje no mundo, mostrando como as tradições buscam a contemporaneidade e as migrações de ideias e pessoas dissolvem as fronteiras criativas”.
No ano passado, assistiram aos diferentes espetáculos do FMM 90 mil pessoas, disse à Lusa, fonte da organização.
A primeira edição do FMM realizou-se em 1999.
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