Foi ouvido um depoimento de um ex-promotor, segundo o qual a declaração de uma das alegadas vítimas estará cheia de "inconsistências".
Denunciado desde há meses por dezenas de mulheres, o ator de 78 anos foi acusado a 30 de dezembro de agressão sexual agravada por factos que remontam ao início de 2004 e que terão afetado Andrea Constand, uma ex-funcionária da Universidade de Temple, na Pensilvânia.
Após ter sido denunciado pela jovem numa instância civil poucos meses depois de os factos terem ocorrido, Cosby concordou em fazer um depoimento antes de ter alcançado um acordo financeiro com Andrea Constand em 2005.
O atual promotor do condado de Montgomery, na Pensilvânia, apoiou-se em excertos desta antiga audiência para acusar Bill Cosby.
Na audiência, a advogada do criador e protagonista da série televisiva "The Cosby Show", Monique Pressley, declarou várias vezes que o seu cliente está atualmente "cego".
Com a barba feita, uma roupa verde-musgo e uma gravata escura, Cosby parecia mais bem-humorado do que na sua primeira aparição no tribunal, no final de dezembro.
Como testemunha, a defesa de Bill Cosby chamou o ex-promotor do condado de Montgomery Bruce Castor. Ele chegou a um acordo, no qual se comprometia a não processar o ator, se este aceitasse testemunhar no seu processo civil.
Castor também informou que há "inconsistências" nas declarações de Andrea Constand, que foi interrogada várias vezes pelas autoridades.
Para justificar a sua decisão de chegar a este acordo, o ex-promotor também relembrou que Andrea Constand tinha apresentado a sua denúncia um ano depois dos supostos episódios e que, portanto, era impossível colher amostras, ou reunir provas da agressão.
Segundo os advogados do ator, o promotor violou o compromisso assumido no final de 2005 de não processar Cosby, se este aceitasse dar seu depoimento. A defesa alega que o julgamento deve ser anulado devido a este acordo prévio.
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