
Além do voto de pesar do BE, que inclui a recomendação de uma praça que homenageie José Mário Branco, os eleitos aprovaram esta terça-feira votos de pesar de um grupo de deputados independentes, assim como do PS.
Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco, que morreu em Lisboa, é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, sobretudo no final dos anos 1960, quando estava exilado em França, e durante o período revolucionário.
O seu trabalho estende-se também ao cinema e ao teatro.
Compôs para peças como "A Mãe", sobre Bertolt Brecht e Maximo Gorki (levada à cena na Comuna), que daria origem a um dos seus álbuns, e para filmes como "Até Amanhã, Mário", de Solveig Nordlund, e "Três Menos Eu", de João Canijo, assim como para "Agosto" e "Ninguém Duas Vezes", de Jorge Silva Melo, que também interpretou.
Regressado a Portugal, após o 25 de Abril, foi fundador do Grupo de Ação Cultural (GAC).
Politicamente próximo da antiga União Democrática Popular (UDP), José Mário Branco fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo e a União Portuguesa de Artistas de Variedades (UPAV).
Em 2018, completou meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999.
A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, gravados de 1971 a 2004.
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