A obra, editada em 2021 pela Dom Quixote, revela “o rico fazer poético deste escritor em diversas vertentes”, justifica o júri, destacando “o exemplar uso do idioma, assim como a inteligência rara na criação a nível de metapoesia, à conceção de belíssimos sonetos”, num misto de linha clássica com “audaciosa modernidade”.

“De notar também os poemas em prosa, bem como a valorização do jogo sintático, retórico textual, que já vem da obra anterior do poeta, em especial do seu livro ‘Jaguar’”, acrescenta.

O júri integrou os professores, escritores e ensaístas Carlos Mendes de Sousa, Cristina Robalo Cordeiro e José Viale.

Poeta, ensaísta e crítico literário, António Carlos Cortez nasceu em Lisboa, em 1976, e publicou o seu primeiro livro de poesia em 1999, intitulado “Ritos de passagem”.

Em 2011, recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para melhor livro de poesia publicado em Portugal em 2010, pela obra “Depois de Dezembro”.

Na sua obra destacam-se os livros “O Nome Negro” (2013), “Animais Feridos” (2016), a antologia “A Dor Concreta” (2016) – vencedora do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores em 2018 –, e “Jaguar” (2019) – galardoado em 2020 com o Prémio Literário Ruy Belo e o Prémio de Poesia António Gedeão/FENPROF.

Professor de Português e de Literatura Portuguesa e investigador do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) é ainda autor de livros de ensaio e de crítica literária.

Tem obras publicadas no México e no Brasil, e está incluído em várias antologias de poesia em Portugal e no estrangeiro.

O Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho é uma iniciativa da APE, com o patrocínio da Câmara Municipal de Loures, tendo um valor monetário de 12.500 euros.

Nas edições anteriores, este prémio foi atribuído aos poetas Gastão Cruz, Fernando Guimarães e Nuno Júdice.

A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no próximo dia 20 de julho, na Biblioteca Ary dos Santos, em Sacavém.