As primeiras batidas vieram do palco Clubbing, que, no segundo dia, teve curadoria de DJ Kamala. NBC, Sir Scratch e Bob Da Rage Sense aceitaram o desafio daquele DJ e juntaram-se em palco, com a The VelCrew como banda de suporte, para passarem em revista “clássicos com 10 ou 15 anos”, mas também temas novos dos álbuns que cada um está a preparar.
Seguidamente subiram ao palco outros dois ‘rappers’ nacionais que já estão a trabalhar juntos há algum tempo: Mundo Segundo e Sam the Kid.
A acompanhar a dupla estiveram DJ Cruzfader (que, tal como Sam the Kid, faz parte dos Orelha Negra) e Guze (que, tal como Mundo Segundo, faz parte dos Dealema).
Do alinhamento fizeram parte temas de Sam the Kid, como “Poetas de Karaoke”, e dos Dealema, como “Bom Dia”, mas também dos Mind Da Gap, “És onde quero estar”, que o grupo gravou com Sam the Kid, ou de Serial, “Brilhantes Diamantes”, tema que o rapper gravou com Ace, seu companheiro nos Mind Da Gap e Maze (dos Dealema).
E porque o hip-hop nacional é “uma grande família”, além de terem cantado temas uns dos outros, ao longo do concerto estiveram também em palco NBC e Maze.
O espetáculo serviu ainda para Mundo Segundo e Sam the Kid apresentarem pela primeira vez ao vivo “Também faz parte”, tema que fará parte do álbum que estão a gravar juntos.
Enquanto no palco Clubbing os HMB, que deram um concerto conjunto com DJ Kamala e Filipe Gonçalves, passavam em revista cerca de 20 anos de hip-hop nacional, no palco Heineken atuava outro dos protagonistas em Portugal deste género musical, Carlão, que durante vários anos foi Pacman.
Muitos ainda o associam aos Da Weasel, mas no concerto que deu hoje no NOS Alive, Carlão deixou de fora os temas da ‘doninha’.
Em destaque esteve o álbum que gravou no ano passado, “Quarenta”, e que tem andado a apresentar ao vivo por todo o país.
Em palco, Carlão teve com ele o cantor Bruno Ribeiro, o baixista Nuno Espírito Santo, o teclista Gil Pulido e DJ Glue, que também fez parte dos Da Weasel.
Além destes músicos, que habitualmente o acompanham ao vivo, passaram pelo palco Moullinex, para tocar “Hardcore”, tema que musicou, e Sam the Kid, “provavelmente o maior e melhor rapper da tuga”, nas palavras de Carlão.
Sam the Kid esteve em palco para “Pitas querem guito”, tema que gravou com os 5:30, um dos outros projetos de que Carlão fez parte.
E porque o hip-hop é música de causas, Carlão falou no que se passou nos últimos dias nos Estados Unidos, numa referência aos dois casos de homens negros mortos pela polícia, e na nomeação do antigo primeiro-ministro português Durão Barroso para presidente não executivo da Goldman Sachs International.
O músico dedicou ao “bandido a sério, um verdadeiro ‘thug’ [bandido em inglês]” o tema “Colarinho Branco”.
O festival Alive começou na quinta-feira e termina no domingo, no Passeio Marítimo de Algés, Oeiras.
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