George R.R. Martin criticou a segunda temporada de "House of the Dragon". A prequela de "A Guerra dos Tronos" recebeu várias críticas negativas e, no seu blog, o autor revelou que não concordou com as mudanças no enredo da história. Pouco depois, o texto foi apagado.

Na publicação intitulada "Beware the Butterflies", o escritor confessou que não aprovou a decisão do showrunner Ryan Condal em 'apagar' o Príncipe Maelor (um dos três filhos de Aegon e Helaena Targaryen) da série. Para George R.R. Martin, a opção terá consequências negativas no futuro.

O norte-americano contou que o showrunner lhe falou sobre a retirada da personagem em 2022 por "razões práticas". "Não queriam lidar com a contratação de outra criança, especialmente de dois anos. Crianças tão novas inevitavelmente desacelerariam a produção, e haveria implicações orçamentárias. O orçamento já era um problema em 'House of the Dragon', fazia sentido economizar dinheiro sempre que possível", escreveu.

HOUSE OF THE DRAGON
HOUSE OF THE DRAGON créditos: MAX

No texto, R.R. Martin explicou que Ryan Condal lhe garantiu que a personagem iria surgir na terceira temporada, "depois de Helaena engravidar no final da segunda temporada". "Isso fez sentido para mim, então deixei de ser contra e concordei com a mudança", contou. Mas, na verdade, a decisão final foi apagar a criança da história da série.

Para o escritor, a decisão irá afetar as últimas duas temporadas de "House of the Dragon".  "É mais simples, sim, e pode fazer sentido em termos de orçamentos e cronogramas de filmagem. Mas mais simples não é melhor... Maelor sozinho significa pouco. Ele é uma criança pequena, não tem uma linha de diálogo, não tem consequência além de morrer... mas onde, quando e como, isso importa", frisou.

"E há borboletas maiores e mais tóxicas por vir, se 'House of The Dragon' avançar com algumas das mudanças que estão a ser contempladas para as temporadas três e quatro", acrescentou R.R. Martin.

Depois da publicação do autor da saga "Song of Ice and Fire", a HBO defendeu a equipa criativa. "Normalmente, quando se adapta um livro para a TV, com o seu próprio formato e limitações, o showrunner acaba por ser obrigado a fazer escolhas difíceis sobre as personagens e histórias que o público vai seguir", disse um porta-voz.

“Acreditamos que Ryan Condal e sua equipa fizeram um trabalho extraordinário e que os milhões de fãs que a série acumulou nas duas primeiras temporadas continuarão a apreciá-la", acrescentou.