
O primeiro dia é ainda um “aquecimento”, feito só com um palco, inteiramente dedicado às sonoridades nacionais, que começam a ecoar pelas 19:50, com o rock dos Tape Junk, a nova banda de João Correia, com um disco gratuito a ser lançado na Optimus Records.
O resto do programa completa-se com a música crua de O Bisonte, os psicadélicos Sensible Soccers, os sons mais dançáveis de Moullinex e o experimentalismo de The Filthy Pigs.
O Vodafone Paredes de Coura vai ser também uma oportunidade para ouvir valores consagrados como os Belle & Sebastien ou os Calexico, mas, para isso, será preciso esperar pelo último dia do festival, que terminará a 16 de agosto.
Os sobreviventes britânicos Echo & The Bunnymen (16 de agosto) e os norte-americanos Alabama Shakes (14 de agosto) serão outros dos poucos nomes que podem ser familiares a uma faixa mais alargada de público. Mas enquanto os primeiros conquistaram a sua reputação na década de 1980, como uma das bandas mais importantes do post-punk, o blues-rock dos Alabama Shakes ainda só tem um registo fonográfico - mas trata-se de um disco que, este ano, teve três nomeações para os Grammy.
O Paredes de Coura, no entanto, como as diferentes edições do festival foram estabelecendo ao longo dos anos, é quase sempre feito pela descoberta de bandas em arranque de carreira, como foi o caso dos Yeah Yeah Yeahs (2003), dos The National e dos Arcade Fire (2004), entre outros.
Este ano, algumas das apostas de futuros sucessos concentram-se na folk-rock dos Phosphorescent, que tiveram alguma projeção com o tema “Song from Zula”, no rock dos britânicos Palma Violets, no electro-rock australiano dos Jagwar Ma e no rock psicadélico dos Toy.
Há, no entanto, outros motivos de interesse na programação, como os sempre enérgicos The Vaccines, o regresso dos catalães Delorean, a versão DJ dos franceses Justice, o psicadelismo dos Unknown Mortal Orchestral e a música eletrónica, apostada na surpresa, do duo sueco The Knife, que recentemente lançou “Shaking the habitual”.
O contingente nacional também não está desguarnecido, com a presença ainda de mais alguns nomes como os Glockenwise, noiserv, :papercutz e Black Bombaim, entre outros.
Mais verde, mais espaço de campismo e melhores condições logísticas são ”bandeiras” erguidas pelo diretor do “Vodafone Paredes de Coura”, João Carvalho, em declarações à Lusa.
“Queremos continuar a ser o festival que traz a Portugal, em primeiro, as bandas que serão cabeças de cartaz mais tarde. Basta olhar para os restantes festivais e percebe-se isso, pois são muitas as bandas que já estiveram em Coura, em anos anteriores”, resumiu.
@Lusa
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