O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acabou com qualquer esperança de libertação para as duas integrantes das Pussy Riot ainda sobre custódia policial, afirmando que o grupo violou a lei e insultou a santidade da igreja.

Putin teceu as seguintes declarações ao "Belfast Telegraph": “Não me cabe a mim avaliar se a sentença foi demasiado longa ou curta. Esse é um assunto dos tribunais. Se elas não tivessem infringindo a lei, estariam nas suas casas a realizar tarefas domésticas ou de volta aos seus trabalhos”.

Três membros da banda de punk feminista foram sentenciados a dois anos de prisão no passado mês de agosto, após terem tocado uma música contra Putin numa catedral moscovita. Uma das artistas foi libertada este mês.

Em conversa com especialistas de relações internacionais russos, Putin negou que as convicções do grupo nada tiveram a ver com sua condenação pessoal, insistindo que nunca tinha ouvido falar da banda no passado. Catalogando as Pussy Riot como um grupo que procura chamar a atenção e chocar, o presidente russo referiu a era Stalin, um período onde “milhares de padres foram mortos por causa da sua fé e morreram em campos”, concluindo o seu raciocínioda seguinte forma: “temos um dever para com a defesa e a moralidade do país”.

Paulo Costa