Fica a conhecer melhor esta, que é a mais conhecida e talentosa banda de tributo ao grupo de David Gilmour!

Confere a entrevista:

Palco Principal - O que torna os The Australian Pink Floyd Show tão especiais? Qual é o segredo que vos faz distinguirem-se das outras bandas de tributo aos Pink Floyd?

Colin Wilson – Penso que o que nos distingue das outras bandas de tributo aos Pink Floyd é, essencialmente, a experiência. Já fazemos «isto» há cerca de 20 anos e, obviamente, vamos melhorando a cada dia que passa. Quando mais fazemos, melhor queremos fazer. E despendemos muito tempo e energia no projecto. Ensaiamos até à exaustão, até tudo estar perfeito. Recusamo-nos a apresentar algo inacabado, ao qual falte limar uma ou duas arestas. E o público, quando nos vai ver actuar, consegue detectar essa exigência, esse perfeccionismo.

PP - Como se sentem quando os críticos especializados dizem que, por vezes, as performances dos The Australian Pink Floyd Show superam as dos próprios Pink Floyd?

CW – Não deixa de ser um pouco embaraçoso para nós ouvir isso, mas é, de facto, óptimo todo o reconhecimento.Ficamos muito gratos a quem nos diz isso, apesar de não ser essa a nossa opinião.

PP - Sentem-se verdadeiramente realizados a tocar músicas de outro grupo? Não preferiam, como banda, tocar as vossas próprias composições?

CW – Nem por isso. Viajamos pelo mundo, actuamos em grandes recintos, e para grandes audiências. E amamos tudo o que fazemos. Sentimo-nos totalmente realizados, desde que consigamos entreter os milhões de pessoas que assistem aos nossos espectáculos. Até porque – convém não esquecer – que recriar o som dos Pink Floyd é extremamente desafiador, pois, como já disse, é nosso objectivo ficar o mais perto possível do original. Ainda assim, paralelamente aos The Australian Pink Floyd Show, cada um de nós vai produzindo material original. A maioria dos membros da banda tem o seu projecto pessoal, a sua música, os seus álbuns…E isso acaba por balancear o facto de, enquanto The Australian Pink floyd Show, não tocarmos as nossas próprias canções.

PP – Consideram mais fácil começar uma carreira como banda de tributo – pois as pessoas já estão familiarizadas com as músicas – do que iniciar uma carreira como banda de originais?

CW – De facto, é mais fácil iniciar uma carreira como banda de tributo, pois, tal como foi dito, as pessoas já conhecem, por norma, as músicas em questão. Mas o mesmo não acontece quando se trata de manter essa carreira. Aí torna-se mais difícil, pois estamos limitados às músicas já existentes, não podendo alterá-las, modificá-las, torná-las mais curtas, mais longas, adicionar-lhes alguma parte, etc. Numa banda de tributo não há lugar para a improvisação, o que se torna um pouco limitativo - limitação essa que muitos músicos não conseguem suportar. Ou seja, é, de facto, mais fácil começar uma carreira como banda de tributo, mas, por outro lado, é mais difícil mantê-la… Até porque o público vai, inevitavelmente, estar sempre a comparar a nossa interpretação com a original... E consegue, por vezes, ser muito crítico.

PP - Já actuaram em Portugal em três ocasiões – a última das quais em Março do ano passado. Que memórias guardam desses concertos?

CW – Temos excelentes recordações dos concertos em Portugal. O público português, apesar de exigente, é muito efusivo, muito animado. Interage bastante com a banda, o que nos faz querer sempre voltar para mais espectáculos.

PP - O que é que os fãs portugueses podem esperar dos concerto dos Australian Pink Floyd em Lisboa e no Porto? Haverá alguma surpresa especial?

CW – Vamos apresentar um espectáculo de greatest hits, onde iremos tocar os temas mais apreciados pelos fãs. Será, também,um concerto totalmente inovador, no que respeita a iluminação, os efeitos especiais e os adereços de palco… Posso, desde já, adiantar que vai insufláveis! Vai ser fantástico, posso garantir.

Sara Novais