Samutsevich, uma integrante do coletivo punk Pussy Riot que já se encontra em liberdade, revelou que o grupo, na prisão, se encontra sob “vigilância constante” por parte do governo russo.

Samutsevich foi libertada no passado dia 10 de outubro, após os seus advogados terem conseguido, com sucesso, provar que a arguida não chegou a retirar, sequer, a sua guitarra da mala antes de ser expulsa da catedral.

Quando questionada pelo "NME" sobre se continuaria a participar nas ações das Pussy Riot agora que está em liberdade, a artista respondeu : “Sim, não quero ficar sentada em casa sem fazer nada. Mas agora é uma situação mais complicada para mim. Tenho de ser mais cuidadosa. Eles ouvem os nossos telefonemas. Estamos sobre constante vigilância. Toda a nossa correspondência é lida".

Sobre a vida na prisão, Samutsevich contou: "Comida, duche uma vez por semana, tudo era suportável. Mas se eles tentarem levar-me de volta, vou dar em maluca”.

Numa recente entrevista ao jornal “The Guardian”, Samutsevich falou ainda sobre como as duas colegas que ainda se encontram detidas foram recentementelevadas para prisões diferentes, longe das suas famílias. As condições nesses campos prisionais são, alegadamente, brutais, com outras integrantes das Pussy Riot a afirmarem que são “os campos mais severos, de todas as escolhas possíveis”.

Paulo Costa