Ponte de Lima recebe, entre 3 e 5 de agosto, a primeira edição de um festival de música onde são esperadas 15 mil pessoas nos concertos dos Wolfmother, Moullinex, David Bruno, Capitão Fausto, Linda Martini, entre outros.

O Festival Ponte d’Lima, hoje apresentado publicamente junto ao rio Lima, é organizado pela empresa local Sons Observados e tem um orçamento de 300 mil euros, sendo a Câmara de Ponte de Lima “o principal parceiro”.

Em declarações à agência Lusa, à margem da conferência de imprensa de apresentação do evento, o produtor Jorge Dias indicou que, desde início de abril e até hoje, foram vendidos “mais de três mil bilhetes”.

“É um dado ‘super interessante’, considerando o valor [dos bilhetes]. Temos um passe geral de 50 euros e o bilhete diário de 30 euros. Dá-nos força e robustez para acreditar que vamos atingir a meta das cinco mil pessoas por dia”, afirmou.

Durante a apresentação do festival, Jorge Dias, destacou que “57% dos bilhetes” vendidos foram comprados por pessoas “de fora do Minho”, e “33% de fora de Portugal, posicionando o festival num lugar de internacionalização”.

O evento vai decorrer na Expolima, “recinto que preparado para receber até 10 mil pessoas, por dia”.

O parque de campismo criado para apoiar os festivaleiros, com capacidade para mil pessoas, “teve de ser ampliado” devido à procura e “já está praticamente lotado, excedendo também as expectativas” da organização.

No dia 3 de agosto o festival arranca às 19h30 com os concertos dos Big Dipper Downer, Máquina, New Error, Quadra e Zebra Libra.

Já nos dias 4 e 5 atuam nos dois palcos do festival, os Wolfmother, Moullinex, David Bruno, Capitão Fausto, José Pinhal Post Mortem Experience, Jepards, Caio, Gin Party Soundsystem, Aron, Linda Martini, Throes + The Shine, Bęãtfóøt, The Legendary Tigerman e Cassete Pirata.

Em 2022, o “embrião” do Festival Ponte d’Lima começou a tomar forma com a edição zero, “planeada em um mês e que juntou 1.500 pessoas”.

Um teste de “sucesso” referiu Rodrigo Pinto, da Sons Observados, reflexo da “necessidade” sentida na vila com quase 900 anos de história de eventos que “atraiam jovens do país e do estrangeiro”.

“O facto de ser um festival que vai decorrer em Ponte de Lima já o torna diferente (…). Sendo Ponte de Lima a vila mais antiga de Portugal faltava este tipo de evento mais direcionado para os jovens. É o momento certo [para avançar com o festival], que tem tudo para dar certo”.

Para o vice-presidente da Câmara de Ponte de Lima e vereador da Cultura, Paulo Sousa, trata-se “do lançamento da primeira pedra” de um evento com “potencial enorme para ativar um produto cultural e turístico” que se vai transformar em “uma mais-valia” por atrair “novos públicos e promover o território além-fronteiras”.

Além de “desenvolver um conjunto de cadeias de serviços associados à organização de eventos e que envolve várias empresas do concelho”, Paulo Sousa referiu tratar-se de “um desafio enorme, por competir, a nível nacional, com grandes festivais”.

“É um festival com identidade e marca, ligado ao nosso património e à nossa cultura”, sublinhou.

No evento estarão ainda representados “diferentes tipos de arte e artistas locais, restauração, produtos endógenos, artesanato e associações locais”.