“Enquanto Orquestra do Algarve, o último concerto é em Ayamonte, haverá ainda um concerto de música de câmara com um ensemble de músicos da orquestra, em Faro, na terça-feira”, disse à Lusa fonte da orquestra.

A OA, dirigida por John Aver, toca no sábado às 22:00 locais, na Plaza de La Laguna, um programa intitulado “Música de Filmes”.

Do programa constam, entre outras, peças de Georges Auric, “Moulin Rouge”, de Andrew Lloyd Webber, “Jesus Cristo Superstar” e, de Max Steiner, “E Tudo o Vento Levou”.

Em declarações à Lusa, Cesário Costa, que irá dirigir a OCS, atualmente principal maestro convidado da Orquestra do Algarve, fez um balanço “francamente positivo” dos 11 anos da orquestra algarvia, tendo realçado o papel pedagógico, os músicos, com os quais colaborou, e os CD editados na Naxos.

“O maestro Álvaro Cassuto, que dirigiu a orquestra e foi seu diretor artístico até 2008, teve um papel indispensável e fundamental, assim como todos os outros maestros, nomeadamente o João Ferreira e o Pedro Neves”, disse Cesário Costa que também dirigiu várias vezes a OA.

Cesário Costa sublinhou “o papel pedagógico, desempenhado de forma intensa pela OA, que apresentou vários programas nas escolas, realizou concertos 'promenade' e participou em vários festivais, tanto em Portugal como no estrangeiro”.

A OA, criada no âmbito das orquestras regionais, “conseguiu logo no início englobar um conjunto de autarquias representativas do Algarve, a Universidade do Algarve e a Região de Turismo, tendo apresentado uma programação e desenvolvido uma atividade muito diversificadas, que foram fundamentais para a região”.

Ao longo destes 11 anos, a OA apresentou-se em Londres, Bruxelas, Viena e, em 2001, esteve em Curitiba, no Brasil, além de se ter apresentado, “de uma forma regular, em Espanha, com uma acentuada presença na região andaluza".

“Há que salientar também as gravações feitas para a Naxos, de compositores como Domingos Bomtempo, Joly Braga Santos, Juan de Arriaga, Mozart, entre outros, e ainda muito recentemente um CD com o acordeonista Gonçalo Pescada, com obras de Astor Piazzola”.

Aos músicos que colaboraram com a orquestra, Cesário Costa preferiu realçar a colaboração pluridisciplinar de músicos provenientes de outras áreas, designadamente Bernardo Sassetti, Ute Lemper e Mário Laginha, entre outros.

Referindo-se à transição para a OCS, Cesário Costa afirmou que se está “a consolidar e alargar o trabalho feito, nomeadamente na Andaluzia, e a fazer contactos para se alargar [a ação] a todo o Alentejo e à Península de Setúbal”.

@Lusa