Novidades da semana: Os novos álbuns dos The Killers, Band of Horses e do lendário Bob Dylan

Os The Killers foram a resposta norte-americana às bandas britânicas que no início do milénio invadiram a rádio e as tabelas de vendas tendo o indie rock como casa de partida. Com o passar dos anos, a banda ganhou notoriedade e passou de nota de rodapé nos casinos da Las Vegas natal para cabeça de cartaz em estádios de todo o mundo. «Battle Born», o novo álbum, é um mergulho no coração da América e o mais identitário dos registos até à data. Um disco de viagem - à semelhança do que fez Bruce Springsteen com «Born To Run» - para desfrutar ao volante de um descapotável de estofos vermelhos, rumo ao horizonte longínquo. No lugar do pendura seguem riffs poderosos, refrões contagiantes e a inconfundível voz de Brandon Flowers a mostrar o caminho.<

Os também norte-americanos Band Of Horses tiveram um percurso semelhante aos The Killers, mas chegaram mais tarde a uma grande editora e ao sucesso comercial. O novo álbum, intitulado «Mirage Rock», não é um espaço de experimentação mas de consolidação de processos adquiridos ao longo dos três primeiros discos de uma carreira iniciada em 2004. Trovas sobre corações despedaçados continuam a preencher a quase totalidade do universo da banda liderada por Ben Bridwell, cada vez mais próximo de abandonar a «manada» para cavalgar a solo.

E já que falamos de trovadores, não podemos deixar passar em claro o novo álbum daquele que é considerado o maior entre os maiores. «Tempest» é o trigésimo quinto álbum de originais de Bob Dylan, mas nem por isso deixa de ter muito para contar. É um retrato sincero e por vezes cruel de uma América que Dylan ajudou a encontrar e da qual é o maior embaixador no mundo da música. O tema que dá título ao álbum é um épico de 14 minutos sobre o Titanic, mas desta vez com a garantia de que a viagem chega a bom porto.

À semelhança de muitos outros que viram as portas do mundo da música fecharem-se ao seu talento, Filipe Pinto recorreu a um concurso televisivo para ganhar notoriedade. A experiência não podia ter corrido melhor (saiu vencedor), mas o jovem não se deslumbrou com a fama. Foi para Londres, estudou, amadureceu enquanto músico e enquanto homem e demorou quase dois anos a editar o álbum que todos exigiam. «Cerne» não é um álbum de massas (nem o autor quereria que fosse), mas tem um conjunto apreciável de singles radiofónicos que o colocarão, de forma justa, na linha da frente do novo pop rock português. Se outro mérito não tiver, o disco de estreia de Filipe Pinto já é, indiscutivelmente, o melhor álbum gravado por um concorrente de concursos de talentos.

Outros álbuns:
Carly Rae Jepsen – «Kiss»
Menomena – «Moms»
Nelly Furtado – «The Spirit Indestructible» (a faixa «Skylight» é um exclusivo music box)
P!nk – «The Truth About Love»
Various Artists – «Kanye West Presents Good Music Cruel Summer»

No que a singles diz respeito, destaque para as novas músicas de Kanye West, Robbie Williams (primeiro single do novo álbum), Alicia Keys, Atoms For Peace (projeto de Thom Yorke, dos Radiohead), e Psy, o novo fenómeno da cultura pop.

Quanto a playlists, sugerimos «Últimos dias de verão» (para ouvir enquanto ainda dura a estação mais quente do ano), «Regresso às aulas», «Motivação» (tão difícil de encontrar no pós-férias), «New Wave» ou a seleção de músicas que Nelly Furtado fez em exclusivo para o music box.

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