Apontado como "uma referência" ao nível da música erudita por ser um dos certames do género com mais antiguidade em Portugal, o FIME continua a apostar numa programação que, segundo o diretor artístico do evento, "segue sempre a mesma linha".

"Apostámos na diversidade da música erudita", garante João Pedro Santos, "com solistas de primeira grandeza, jazz com grandes músicos e o Festival Júnior, cujos concertos quase sempre encomendados propositadamente para o evento".

O pianista Pedro Burmester atua na abertura do festival, com o Quarteto de Cordas de Matosinhos, seguindo-se os concertos pelo Quarteto de Cordas Endellion, pela pianista Khatia Buniatishvili, pela "lenda do jazz cubano" Chucho Valdes e pelo violoncelista brasileiro António Meneses.

O programa integra ainda um programa dedicado ao compositor norte-americano Cole Porter, cuja interpretação está entregue à cantora Cristina Branco e ao pianista João Paulo Esteves da Silva.

Os restantes espetáculos serão protagonizados pelo Ensemble Micrologus de música antiga, pelo grupo cómico "Les Bons Becs", dirigido pelo clarinetista Florent Héau, e pela violinsta Alina Ibragimova, acompanhada ao piano por Steven Osborne (e em substituição da violinista Anne Akiko Meyers, que chegou a estar anunciada para o festival, mas teve que cancelar a sua presença no evento).

Para o encerramento do FIME 2013 está programado "um concerto marcante" pela Orquestra Clássica de Espinho, que, sob a direção do maestro Jean-Marc Burfin, fará a estreia de 'Nocturnes Portugais', de Gaspar Cassadó, para violoncelo e orquestra. O mesmo espetáculo integra também a atuação do violoncelista Filipe Quaresma, acompanhado pela orquestra de sopros de Friedrich Gulda, e ainda o ciclo de canções "Nuits d'Été", em que esses temas de Berlioz serão interpretados pela mezzo-soprano Nora Sourouzian.

Em paralelo a esta oferta de concertos, o Auditório de Espinho acolhe também, de sábado até 28 de julho, a exposição de fotografia "...e ainda por cima está frio", com imagens do compositor, pianista e fotógrafo Bernardo Sasseti.

Comissariada pelo também fotógrafo Daniel Blaufuks, a mostra apresenta um conjunto de imagens que esse selecionou ao longo do verão de 2012, após a morte de Sassetti e ao som de "Indigo" e "Nocturno" - dois álbuns em que, segundo Blaufuks, "a música parece viver sem a contaminação das imagens", que estarão muito mais presentes nos posteriores trabalhos do pianista.

@Lusa