O festival que tradicionalmente acontece no Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, durante três dias, prolonga-se este ano de fevereiro a dezembro de 2023.

“No ano passado sentimos que o festival tinha sido um bocadinho isolado no tempo e que o público precisava de ter mais contacto com a programação”, disse à agência Lusa o organizador e programador do Impulso, Nuno Monteiro, justificando a mudança de formato com o objetivo de o evento “poder estar mais presente na cidade e ter um bocadinho mais de impacto cultural”.

A ‘season’ estende-se assim por dez datas de realização dos concertos que trazem à cidade “25 artistas nacionais e internacionais, entre diversas atividades paralelas como cinema, exposições e masterclasses”, divulgou hoje a organização.

Femme Falafel e A Garota Não abrem o programa, no dia 17, seguindo-se, em 24 de março, NICØ, Marina Herlop e Expresso Transatlântico.

Em abril (21), sobem ao palco Angélica Salvi, Surma e bb.wav b2b ELBA. Em maio (19), será a vez de Golden Slumbers e Dino D’Santiago e, em junho, Hetta, The Rite of Trio e Trypas Coração. Em julho, a primeira parte da programação fecha com uma noite internacional protagonizada por Bala Desejo.

À agência Lusa, Nuno Monteiro afirmou que “a restante programação será anunciada a 01 de julho” e integrará “mais de dez concertos”, todos agendados para o Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha.

O novo formato implica também alterações na bilhética do evento, normalmente com bilhete diário de 15 euros e um passe de 40 euros para os três dias.

Na versão ‘season’, os concertos terão preços entre os seis e os sete euros para estudantes e, para o público em geral, os ingressos rondarão os 12 euros por sessão.

Numa edição com artistas estrangeiros, “a receita de bilheteira é fulcral para tornar o evento sustentável”, explicou Nuno Monteiro, acrescentando que o festival conta, desde a primeira edição, em 2018, com um apoio financeiro da Câmara das Caldas da Rainha, o que ascende este ano a 40 mil euros, par programar “quer o festival quer uma série de programações paralelas, como exposições e ciclos de cinema”.

Em 2024, o Festival Impulso voltará “ainda mais fortalecido na sua programação e na relação com a região que o acolhe, recuperando as residências artísticas, programação de cinema internacional e diversas parcerias com os agentes culturais locais”, divulgou ainda a organização em comunicado.

De acordo com Nuno Monteiro, no próximo ano será retomado o formato de festival ao ar livre, no parque da cidade, já que, de futuro, “nos anos ímpares haverá ‘season’, ao longo do anos, no CCC e, nos anos pares, três dias de festival no parque”.

O Impulso 2023 é organizado pela Pulsonar Associação numa co-organização com o município das Caldas da Rainha e em parceria com a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Politécnico de Leiria (ESAD.CR), e conta com um orçamento total de cerca de 100 mil euros.

Os bilhetes estão disponíveis 'online' através da rede BOL, estimando a organização que o público dos concertos atinja o mesmo número de visitantes que o festival que costuma atrair cerca de cinco mil visitantes.