Numa palestra na Universidade de Oxford, dada no âmbito da sua nova autobiografia, “Anger Is An Energy”, Lydon, também conhecido por Johnny Rotten, não poupou críticas quando os dois assuntos surgiram.

“Simon Cowell é o nosso pior inimigo. Não acho que os concorrentes no programa sejam assim tão terríveis, tornam-se terríveis, sim, é quando são treinados para terem uma mentalidade de banda de cruzeiro - isso é o veneno”, comentou, continuando: “O Simon Cowell tem-nos a todos no seu grande cruzeiro de chupa-chupas, mas eu não vou lamber o seu chupa-chupa”.

“São mesmo maus, todos os seus programas. O quão seriamente os jurados se levam, e a forma como julgam pessoas, que apenas estão a ser inocentes. A brutalidade e a crueldade do programa – esse não é o mundo em que eu vivo”, acrescentou.

Também a iniciativa promovida por Bob Geldof, que voltou a reunir, em 2014, vários artistas, sob o nome Band Aid 30, foi alvo das críticas de Lydon, que afirmou sobre a mesma: “Eu nunca descobri o trabalho da Band Aid, eles pensam que são à prova de água, enchem-se de água e depois caem – e acontece o mesmo com o lote do Geldof. Eu não gosto deles porque eles estão abertos à corrupção. Há uma coisa chamada administração e é aí que todo o dinheiro é comido”.

John Lydon justificou o seu ponto de vista: “Lembram-se daquela vez com o Phil Collin, que andavam por aí de jato, viajando de Nova Iorque para Londres? Quanto dinheiro custou isso? Quantas latas de Campbell acham que isso custou? E quem é que precisa do Phil Collins em dois continentes, em duas horas? Até a sua mulher teria dito que não a isso”.

Note-se que o single editado pela Band Aid 30 este ano, Do They Know It’s Christmas, se tornou no single mais vendido de 2014, apesar das duras críticas feitas por várias personalidades do mundo da música, entre as quais Damon Albarn, Emeli Sande e Lily Allen, que condenaram publicamente a sua letra.