O "S. João da música" vai voltar a tomar conta da cidade do Porto por um dia, estando concertos da D´Bandada previstos para espaços tão diferentes como o Ateneu Comercial do Porto, o Varandim dos Clérigos, passando pelo interior da Reitoria e pelo Passeio das Virtudes.

No total são 19 os espaços - um deles móvel, como é o caso do elétrico que liga o Carmo à Batalha - que vão receber os 62 concertos do evento gratuito que apresenta no Porto nomes como Manuela Azevedo com a Orquestra de Jazz de Matosinhos, Old Jerusalem, Rita Redshoes, Capicua (na foto), Best of 22.ª Curtas Vila do Conde, Ricardo Ribeiro e You Can't Win, Charlie Brown.

A organização garante que esta será "a maior D'Bandada de sempre", com Pedro Moreira da Silva, da NOS, a convidar agora o Porto e os seus atores a juntarem-se com as suas propostas e os seus próprios programas aquela que quer que seja "uma festa da cidade e uma festa da música", apelado ainda à utilização dos transportes públicos no dia 13 de setembro.

Na sessão de apresentação do NOS Em D´Bandada, o responsável pela programação, Henrique Amaro, sublinhou com satisfação o facto de o festival estar agora "fora de controlo", destacando ainda a ampliação geográfica à parte oriental da cidade, com concertos no Maus Hábitos, no Passos Manuel ou na Praça dos Poveiros.

Relativamente aos curadores do evento - ou "fazedores", como preferiu chamar-lhe - Henrique Amaro antecipou a Casa da Música, Turbina, Filho Único, Bodyspace, Maus Hábitos, Lovers & Lollipops, Monster Jinx, Porta Jazz, Príncipe e Tiago Pereira.

Destaque ainda para o concerto de Ricardo Ribeiro no Passeio das Virtudes, de Fachada no Ateneu, do fado vadio que chega à D´Bandada e para o frente a frente entre Mind da Gap e Dealema nos Poveiros, não esquecendo a música de Miguel Araújo a bordo de um elétrico.

A D´Bandada tem ainda a Porto Lazer e a Câmara do Porto como parceiros, sendo os Paços do Concelho o "quartel-general" da quarta edição desta oferta de música portuguesa à cidade.

O presidente da autarquia, Rui Moreira, explicou na apresentação que, não sendo esta uma iniciativa nova, "identifica-se muito" com a visão que o executivo tem do Porto: "temos festa na cidade, temos animação na cidade e o princípio da gratuitidade".

Na opinião de Rui Moreira, a conquista da margem oriental pela D´Bandada tem o "valor simbólico" da cidade ter vencido a fronteira criada pela Avenida dos Aliados e ter deixado de estar apenas na zona ocidental.

O autarca independente espera que "venham muitas mais pessoas" a esta quarta edição considerando que na D´Bandada "todos somos autores e autores".

Para Rui Moreira, apesar de todas as dificuldades pelas quais as pessoas passam, há um "sentimento de ânimo na cidade", que advém da cultura, do lazer e da animação, e apesar de não ser possível haver S. João todos os dias, é bom poder ter mais alguns durante o ano, como é o caso da D´Bandada.

@Lusa