Culturgest celebra 20 anos em outubro e inclui obra inédita de Pinho Vargas

A Culturgest, em Lisboa, vai celebrar vinte anos em outubro, com atividades que ocuparão vários espaços e a estreia de uma obra inédita do compositor António Pinho Vargas, para o Coro Gulbenkian e a Orquestra Metropolitana.

A estrutura cultural divulgou a programação da temporada setembro-dezembro, que inclui a celebração da efeméride, assinalando os vinte anos de atividade, desde outubro de 1993.

Grande parte das celebrações estarão concentradas entre 4 e 6 de outubro, um fim de semana alargado com atividades de entrada gratuita em vários locais da Culturgest.

O espetador poderá assistir, por exemplo, a dois espetáculos que estão ainda em progresso e que só serão estreados em 2014: "Interpretação", peça de teatro de Jacinto Lucas Pires (texto) e Tiago Rodrigues (encenação), e "Mais pra menos que pra mais", uma coreografia de Vera Mantero.

Haverá ainda atuações de solistas da OrchestrUtopica e performances de teatro, como "The O Fuck Moment", de Hannah Walker e Chris Thorpe.

O concerto de aniversário será a 12 de outubro, "misturando o barroco com o contemporâneo", destacando-se a estreia de "Magnificat", fruto de uma encomenda da Culturgest ao compositor António Pinho Vargas. A obra será interpretada pelo Coro Gulbenkian e pela Orquestra Metropolitana, com direção do maestro Césario Costa.

O programa do concerto inclui ainda a interpretação de "Música para os fogos de artifício reais", de Handel, e a presença do pianista Pedro Burmester, que interpretará o Concerto para cravo em Ré menor, BWV 1052, de Johann Sebastian Bach.

A Culturgest inaugurará ainda, a 12 de outubro, uma exposição que revelará os núcleos mais significativos da coleção de arte iniciada pela Caixa Geral de Depósitos, em 1983.

Além das atividades que celebram os 20 anos, a restante programação da Culturgest incluirá algumas estreias, como a de um novo trio do pianista Mário Laginha, a 18 de setembro, com o contrabaixista Bernardo Moreira e Miguel Amaral na guitarra portuguesa, e a performance de dança "Hoje", de Tiago Guedes, em dezembro.

Da vertente de teatro, estarão presentes o coletivo anglo-alemão Gob Squad, em setembro, com "A Cozinha de Gob Squad (Nunca Foi Tão Bom)", a partir de um filme de Andy Warhol, e, de regresso, o Ranters Theatre, com a peça "Intimacy", entre novembro e dezembro.

A Culturgest acolherá ainda o espetáculo de flamenco "Utopía", da espanhola María Pagés, o festival DocLisboa, o ciclo "Isto é jazz?", com a pianista eslovena Kaja Draksler, o ciclo comissariado pela Filho Único, com Tropa Macaca ou Sei Miguel, e alguns debates, como "O futuro da música: Está alguém a ouvir?", em setembro.

Ao longo deste ano, a estrutura cultural da Caixa Geral de Depósitos já assinalou pontualmente os vinte anos de existência, ao dar destaque a alguns dos artistas que, nestas duas décadas, por lá passaram, como a cantora brasileira Adriana Calcanhotto, a coreógrafa Olga Roriz e a atriz e encenadora Mónica Calle.

@Lusa